Algumas pessoas preferem treinar no período da manhã, outras ao final da tarde. Pesquisadores
espanhóis recentemente publicaram uma revisão sistemática e metanálise no periódico Sport Medicine. A busca original resultou em 467 estudos. Após toda triagem, 18 estudos foram levados em consideração para análise.
A glicose, a pressão arterial e o desempenho muscular têm oscilações circadianas, indicando
respostas corporais variadas a depender do momento do dia.
“Nosso corpo responde diferentemente a estímulos em diferentes momentos do dia. Treinar pela manhã não oferece vantagens adicionais em relação à tarde” explica Bruno Bedo, da escola de Educação Física da USP. “O período vespertino é mais eficaz em certos aspectos metabólicos”, completa.
Segundo ele, estudos indicam que treinos vespertinos favorecem maior adaptação muscular e redução de triglicerídeos e glicemia em jejum comparados aos matinais. Exercícios de alta intensidade à tarde também são mais eficazes na redução de lipídios.
Bedo alerta, no entanto, que exercícios praticados à noite devem ser realizados pelo menos duas horas antes de dormir para evitar perturbações no sono.
O especialista relembra, contudo, que importante mesmo é se exercitar, independentemente do horário, já que a prática de atividade física traz benefícios. O horário ideal é aquele possível na rotina de cada.
Jornal da USP