Economista avalia queda no número de desemprego no Brasil: ‘acima das expectativas’

A taxa de desemprego em agosto caiu para 8,9% e é a menor desde julho de 2015, quando ficou em 8,7%. A economista Rafaela Vitória avalia como os números afetam a economia como um todo

Os dados da pesquisa foram levantados a partir de amostra de domicílios que calcularam a taxa de desocupação

Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar, nessa sexta-feira (30), uma pesquisa que mostra que a taxa de desemprego no Brasil é a menor para o período em sete anos, a colunista e economista Rafaela Vitória ajuda a entender a realidade de tantos números.

A taxa de desemprego em agosto caiu para 8,9% e é a menor desde julho de 2015, quando ficou em 8,7%. A grande contribuição para esses dados foi do setor de comércio que contratou no Brasil 1 milhão e 800 mil pessoas, fazendo a taxa de desemprego cair para 0,9%. No entanto, o país ainda conta com 9,7 milhões de pessoas desempregadas e mais de 4 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego.

Os dados da pesquisa foram levantados a partir de amostra de domicílios que calcularam a taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade e levou em conta os meses de junho, julho e agosto.

Mas, como esses resultados do emprego afetam a economia como um todo? “Os números que mostram essa queda na taxa de desemprego, juntamente com os dados que a gente teve do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), são os destaques da semana. Eles mostram uma continuidade da melhora do mercado de trabalho que tem sido muito robusta e bem acima das expectativas da grande maioria dos economistas.”

Ela destaca que, há um ano, o Brasil tinha uma taxa próxima de 13%. “Hoje, a gente está com uma taxa abaixo de 9%. O Caged mostrou que cerca de 1,8 milhões de vagas foram criadas no acumulado do ano. Esse é um resultado bastante robusto.”

A especialista destaca que, no primeiro semestre, houve a retomada dos setores de serviços pós-pandemia, como a volta eventos, festas e viagens, mas, também, é perceptível o crescimento mais consistente de todos os setores. “Quando a gente olha os dados da indústria a da construção, eles seguem continuamente contratando mais pessoas mês a mês”.

Ela também comentou os dados de atividade e de confiança divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Isso mostra essa melhora na confiança do consumidor e de alguns setores. De maneira geral temos um cenário econômico bastante positivo”.

A outra boa notícia da semana é a queda da inflação. “A inflação, medida aí pelo IGP-M, ficou em -0,95% no mês de setembro. Então a gente teve uma deflação forte por conta da queda de, principalmente, matérias-primas. Vale lembrar que IGP-M mede a inflação ao produtor”.

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