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Cerveja de jabuticaba e outras misturas incomuns despertam interesse do público

Outros destaques incluem cachaça com diamante, um blend nordestino e um drink com cachaça, café e doce de leite

Cerveja de jabuticaba

Cerveja de jabuticaba

Divulgação

No dia Internacional da cerveja, um dos destaques da 31ª Expocachaça e 15ª Brasil Beer é, justamente, a cerveja Black Gold, também chamada de Fruit Beer, por ser à base de uma frutinha adorada pelos mineiros: a jabuticaba. Quem fabrica é a empresa Quintal Torres, das sócias Elaine, Elizabeth, Natália e Carolina Torres, todas da mesma família, de Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte.

Elaine contou que a ideia do produto, 100% artesanal, foi do seu irmão e chef, Eduardo Torres, que também é somelier de cervejas. “Fomos criados no quintal da nossa avó, Maria José, com dezenas de pés de jabuticabas, bem no centro de Sabará. Estudamos Gastronomia e fundamos uma empresa que, hoje, tem 30 variações de geleias e molhos”, explicou Elaine. A cerveja ficou em testes durante um ano e foi lançada, oficialmente, em 2018.

“Ela é rosada por ser feita com a fruta in natura e sem conservantes. Uma receita leva meia tonelada de jabuticaba e rende 2 mil garrafas de 600 ml”, contou a empresária. Visitante da Feira, Angélica Caldeira Trindade, de 36 anos, experimentou e gostou: “Achei o sabor da jabuticaba bem presente e em harmonia com os outros ingredientes”, disse.

No estande do Quintal Torres, outro produto que tem chamado a atenção é o lançamento “Geleia de Jabuticaba com Caipirinha Sabarense”, feita com a fruta, cachaça e limão cravo. “As pessoas estão adorando. No primeiro dia, levamos 100 potes para o estande e vendemos praticamente tudo”.

Conheça outras curiosidades da feira:

Weber Haus - Cachaça curtida por 22 anos, que custa cerca de R$ 9 mil, produzida pela cachaçaria Weber Haus, do Rio Grande do Sul. Se o consumidor quiser, a embalagem da bebida também vem com uma pedrinha de diamante, no valor de R$ 15 mil.

Caribé - A cachaça Caribé está completando 75 anos e os expositores, Vinícius Martins e Luiz Henrique Itabaiana Caribé montaram um estande temático com referências à data. A bebida, produzida no Norte de Minas, em Januária, é armazenada em tonéis de umburana e tem toques de baunilha e canela. “É uma bebida forte, mas suave ao paladar”, disse Vinícius. Em junho de 2022, a Caribé conquistou a Medalha de Prata no concurso Expocachaça, categoria “Madeiras Brasileiras”. Atualmente, eles produzem 25 mil litros da bebida por mês, têm 23 funcionários e vendem para todos os estados brasileiros.

Gogó da Ema - O diretor da cachaça Gogó da Ema, Henrique Tenório, foi um dos idealizadores do produto “Blend Nordestino” que é resultado da união de 5 produtores do nordeste: Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.” Já estamos no terceiro lote, com 60% do montante vendido. O blend vem numa garrafa estilizada com 750 ml e 60% do produto foi vendido. “Gosto da ideia de lançar produtos inovadores e, assim, abrir novos mercados”, disse Henrique.

Harmonie Schnaps - Também do Rio Grande do Sul, oferece uma cachaça envelhecida na madeira acácia francesa. Existem apenas 6 barris do material no Brasil, que resultaram em 2.000 garrafas do produto, e algumas estão sendo comercializados no evento a R$ 120.

Zaro Café - A empresária e cafeicultora Ariadna Faria, de Alpinópolis, estava em casa quando teve a ideia de criar um drink que misturasse café e cachaça. Para a receita, ela usou o café expresso Zaro de sua própria fabricação, doce de leite, gelo e cachaça. “Meu pai e meu marido aprovaram e decidi trazer para a feira”.

O estande oferece também uma caipirinha diferenciada. O drinque é montado com xarope artesanal, gelo, limão, cachaça e, claro, o café. Ariadna usa a cachaça “Estação da Cana”, de Monte Belo, também do Sul de Minas. Ambas as opções estão agradando bastante.

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.



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