Cuidar de quem cuida: como ações de saúde ajudam empresas a reter talentos

Programas que integram saúde física, mental e emocional, aliados à escuta ativa e liderança engajada, elevam a satisfação e o comprometimento dos colaboradores

Programas de saúde corporativa integrados fortalecem o bem-estar e ajudam empresas a reter talentos

O cuidado com a saúde do trabalhador vem ganhando espaço como estratégia essencial para a retenção de talentos nas empresas. Muito além de um benefício, programas de saúde corporativa bem estruturados podem ser decisivos para o engajamento, a produtividade e a permanência de profissionais qualificados nas organizações.

De acordo com Fernanda Cardoso Zanetti, gerente de Segurança e Saúde para a Indústria do Sesi de Belo Horizonte, as ações mais eficazes são aquelas que integram diferentes dimensões da saúde física, mental e emocional, além de colocar o colaborador no centro das decisões.

Ela conta à Itatiaia que os programas com maior impacto são os que adotam uma abordagem integrada, unindo promoção da saúde, saúde ocupacional, assistência médica e segurança do trabalho. Além disso, o comprometimento da liderança e a escuta ativa dos trabalhadores são fatores determinantes para o sucesso das ações.

Mais engajamento e bem-estar no ambiente de trabalho

As iniciativas de bem-estar têm se mostrado poderosas ferramentas para aumentar a satisfação e o engajamento dos funcionários. Segundo Fernanda, a segurança psicológica é um dos pilares mais relevantes nesse processo.

“Ambientes que promovem confiança e respeito aumentam o engajamento. Programas estruturados, com metas claras e avaliação de impacto, também são fundamentais para gerar resultados consistentes”, destaca.

Essas ações, no entanto, devem respeitar o contexto e a cultura de cada empresa, adaptando-se às suas características e ao tipo de atividade desenvolvida. “Não há uma fórmula única. As estratégias precisam ser construídas de forma participativa e coerente com os valores da organização”, afirma.

Como medir o impacto na retenção de talentos

Embora ainda não existam estatísticas amplamente divulgadas sobre a relação direta entre programas de saúde e retenção, há indicadores que ajudam a mensurar resultados. Entre eles estão a taxa de turnover, o tempo médio de permanência dos colaboradores, o NPS interno (índice de satisfação dos funcionários) e as pesquisas de clima organizacional.

Essas métricas, quando acompanhadas ao longo do tempo, permitem às empresas identificar tendências e ajustar suas ações de saúde e bem-estar com base em evidências concretas.

“A gestão baseada em evidências é um dos pontos centrais. Monitorar os resultados com indicadores e o uso do ciclo PDCA garante a melhoria contínua dos programas”, explica Zanetti.

Integração e comunicação: chaves para o sucesso

Para que os programas sejam eficazes, é essencial integrar os diferentes serviços e políticas da empresa. Isso inclui ações de promoção da saúde e estilo de vida, saúde ocupacional e assistencial, segurança do trabalho e recursos humanos.

“Os melhores resultados surgem quando há uma abordagem abrangente e integrada, com apoio das lideranças em todos os níveis da organização”, reforça a especialista do Sesi.

Outro ponto decisivo é a comunicação interna. Fernanda destaca que as ações precisam ser claras, frequentes e multicanais, utilizando linguagem acessível e promovendo o diálogo com os colaboradores.

“Campanhas educativas, escuta ativa e alinhamento entre o discurso e os valores da empresa são fundamentais para aumentar a adesão às iniciativas de saúde”, pontua.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.

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