Atraso do Idene em obra de barragem irrita bancada mineira

A licença, emitida em 2013 e renovada em 2018, tem como condicionante um plano de negociação com os moradores da região

Governo pode construir barragem em Jequitaí

No começo do ano, na primeira reunião do presidente Lula com os governadores, o governador de Minas, Romeu Zema, apontou a construção da barragem de Jequitaí, no Norte do estado, como uma das prioridades para o seu segundo mandato.

Só que, na prática, a obra não anda porque o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) não cumpre o plano de negociação previsto na licença de instalação do projeto.

A licença, emitida em 2013 e renovada em 2018, tem como condicionante um plano de negociação com os moradores da região – a grande maioria de baixa renda - que serão atingidos pela obra e que precisam ser transferidos para outro lugar. O plano determina indenização das benfeitorias em dinheiro sobre as áreas dos atingidos e mais um lote em outro local. Prevê também assistência técnica e bolsa (salário mínimo e cesta básica) por 12 meses, após o reassentamento.

A demora de ação do Idene tem irritado boa parte da bancada mineira no Congresso e interlocutores também da Assembleia Legislativa.

Lucas Ragazzi é jornalista investigativo com foco em política. É colunista da Rádio Itatiaia. Integrou o Núcleo de Jornalismo Investigativo da TV Globo e tem passagem pelo jornal O Tempo, onde cobriu o Congresso Nacional e comandou a coluna Minas na Esplanada, direto de Brasília. É autor do livro-reportagem “Brumadinho: a engenharia de um crime”.

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