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Governo dá novo capote no agro!

Mesmo com o clima castigando as lavouras, o governo fez corte significativo no seguro rural. Confira com Valdir Barbosa

Amigas e amigos do Agro!

O governo se aproveita do feriadão e dá mais um capote no agronegócio brasileiro.

Ontem o produtor rural acordou com uma uma surpresa! O governo fez um corte de 42% no seguro rural até o final do ano.

Se havia pouco dinheiro para o produtor se proteger dos problemas climáticos, doenças e pragas que destroem lavouras, agora a coisa ficou bem mais complicada.

Do 1 bilhão de reais para o seguro rural de 2025 ainda restavam 880 milhões que seriam usados na subvenção de novas apólices solicitadas pelos agricultores. E muitas delas já foram aprovadas pelos bancos.

Só que o governo bloqueou mais da metade, 445 milhões de reais, para cobrir outros gastos que foram feitos e que precisam ser recompostos para o cumprimento do arcabouço fiscal.

A notícia pegou as autoridades do agro de pires na mão, porque não houve nenhum aviso prévio, nem para a Frente Parlamentar da Agropecuária e nem para a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária.

São 2 bases do agro atuantes e que buscam um Plano Safra com juros mais baixos e seguro rural bem mais amplo, que pelo jeito vai só piorando.

A falta de seguro faz com que uma boa parcela de agricultores gauchos não tenham condição de pagar seus financiamentos.

Sao 3 anos seguidos de sêca muito forte e ano passado vieram as enchentes, que já atingiram algumas regiões nos últimos dias.

Em termos comparativos, quanto custa um seguro de automóvel avaliado em 150 mil reais?Normalmente, a segurada cobra entre 4 e 6%, de 6 mil a 9 mil reais, depende de alguns fatores e da seguradora.

O carro corre muito menos risco do que uma lavoura de café, milho, soja, arroz…

O agro é uma indústria a céu aberto e o seguro disparou diante das incertezas do clima.

Se não houve subvenção do governo, o consumidor vai dividir essa conta quando for ao supermercado.

Itatiaia Agro

Valdir Barbosa

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.