Amigas e amigos do agro!
Há cerca de 2 semanas, as opiniões e sugestões de ministros e pessoas ligadas ao agro, no sentido de baixar a inflação, têm deixado o governo cada vez mais distante dos produtores rurais, porque nenhuma das sugestões tem efeito prático imediato, algumas nem são levadas em consideração.
A última vem do presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, que falou sobre uma política pública urgente visando a próxima safra agrícola, que promete nova marca histórica, a partir do mês de junho.
Confira com Valdir Barbosa
Mercadante disse o seguinte: “Estamos caminhando para uma supersafra. O desafio é armazenagem e o BNDES está se antecipando para estimular o armazenamento da safra”. Ao que parece o governo terá uma linha específica para esse tipo de financiamento, com juros mais baratos, porque com juros caros já existe.
Esse financiamento não sai do banco com menos de 30 dias. Hoje, os cadastros passam por um pente ultrafino e não haverá tempo para se instalar os silos, onde os grãos serão armazenados.
O que o agro quer? Nada mais que um Plano Safra com juros moderados, subsidiados pelo governo e um seguro rural que traga segurança aos produtores nesse momento de clima adverso. Que seja anunciado um Plano Safra sem pirotecnia!
Ano passado foi anunciado um plano robusto próximo a R$ 500 bilhões, o que não representa a verdade. O plano anunciado pode ser até de R$ 1 trilhão, mas o que interessa é quanto estará nos bancos com juros controlados.
Dos R$ 500 bi anunciados, somente cerca de R$ 160 tinham juros controlados, os outros R$ 340 bilhões com juros livres que chegaram a 16,5% ao ano. Agora, chegará a 20%.
Nesse pacotão de R$ 500 bi anunciado, o Governo Federal entra com R$ 16 bilhões de reais para controlar juros e R$ 1 bilhão para seguro rural. Essa é a verdade! Muito pouco para um setor que representa quando 30% do PIB brasileiro.