A velocidade com que a Inteligência Artificial (IA) chega ao dia a dia traz questionamentos sobre a substituição do homem pela máquina no mercado de trabalho. Mas será que é possível fazer dessa convivência uma oportunidade de aprimoramento e formação? Essa foi a provocação que fez o especialista em design de aprendizagem há 14 anos, Tiago Bellote. Durante a última edição do Órbi de Portas Abertas, promovido pelo hub de inovação Órbi Conecta, ele explicou como a IA pode ajudar as pessoas a aprender melhor, especialmente no mundo corporativo, sendo usada como suporte para que as pessoas valorizem ainda mais suas habilidades humanas.
“A IA pode liberar tempo para tarefas humanas mais complexas e criativas, como a resolução de problemas, permitindo que os colaboradores se concentrem no que é realmente importante”, explicou Belotte.
O próximo Órbi de Portas Abertas será no dia 25 de outubro. As inscrições são gratuitas e estão abertas neste link aqui.
Com experiência no desenvolvimento de soluções ligadas à educação, inovação, criatividade e inteligência artificial para grandes organizações, como Netflix, ThoughtWorks, Dexco, Sicredi, Natura e Sebrae, Belotte comentou como a IA está transformando a educação corporativa em empresas que fazem bom uso dessa tecnologia. “As empresas mais maduras estão adotando políticas de como não usar a IA para substituir o que de peculiar nós humanos temos”, comenta. Segundo ele, a combinação de tecnologia e habilidade humana garante que a IA não apenas automatize tarefas repetitivas, mas agregue valor aos resultados.
Para as pessoas, o investimento em IA favorece o lado humano do trabalho. Além disso, a utilização adequada pode aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho. “Um estudo da Harvard School mostrou que a IA aumentou o desempenho de consultores de uma empresa, que já eram bons, em 17%, enquanto os consultores com desempenho mediano tiveram, com o uso correto da IA, a melhoria de 40% em seus resultados”, diz. Isso porque a utilização adequada da inteligência artifical libera tempo para que os colaboradores e empresas invistam em outras competências.
Para ilustrar o mau uso da ferramenta, Belotte mencionou, como contraponto, que a geração Z, jovens nascidos entre 1997 a 2002, costuma usar a IA até, mesmo, como recurso terapêutico. “Muitos jovens preferem pedir conselhos à IA que aos seus chefes. No entanto, alertamos que a AI também pode ter vieses inconscientes, o que pode interferir negativamente em suas respostas.
Por isso, as empresas devem adotar políticas claras para garantir que a inteligência artificial não substitua o que é único e importante no ser humano”, esclarece. O aprendizado sobre o uso da IA é essencial para que as pessoas não sejam remuneradas por ela, mas, sim, se beneficiem de suas vantagens. “Isso aumenta a agilidade, melhora a percepção da marca e pode até triplicar a capacidade de inovação disruptiva dos colaboradores”, analisa. Para quem deseja começar a usar a IA no dia a dia e planejar seu crescimento profissional, Belotte desenvolveu uma ferramenta de curadoria. O Plano de Desenvolvimento em Inteligência Artificial está disponível gratuitamente em seu site. Com o recurso, é possível fazer uma pequena autoavaliação do nível de conhecimento na ferramenta e traçar os caminhos mais recomendados para aprender mais, como indicação de cursos, por exemplo. Para acessar a ferramenta, clique no link.
Para acompanhar palestras como essa, seja parte do Órbi Conecta. O próximo Órbi de Portas Abertas, evento mensal, gratuito e aberto ao público, acontecerá no dia 25 de outubro. As inscrições estão abertas neste link aqui.