No cenário global de inovação, o G20 desempenha um papel crucial. Este grupo, que reúne as 20 maiores economias do mundo, é responsável por moldar políticas econômicas que impactam o futuro global e, dentro dele, o programa Startup 20, uma iniciativa que visa dar voz às startups, surge para destacar o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Recentemente, o Brasil, que atualmente ocupa a presidência temporária do G20, foi palco de discussões significativas sobre o papel das startups. Mariane Takahashi, CEO da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), explicou em uma palestra realizada durante o Minas Summit 2024, sobre a importância e os objetivos do Startup 20.
“O G20, como todo mundo sabe, é a cúpula das 20 maiores economias do mundo. E para isso, existem grupos de engajamento que aprofundam assuntos essenciais para a economia. O Startup 20 é um desses grupos, focado em startups, pequenas e médias empresas”, explicou.
Um dos motivos que impulsionou a criação do Startup 20, segundo Takahashi, foi uma pesquisa realizada pelo governo indiano, revelando que 15% do PIB das nações do G20 são gerados por startups. Este dado chamou a atenção dos líderes econômicos para a necessidade de apoiar e promover o ecossistema de startups. A pesquisa ainda mostrou que o Brasil é o sexto maior ecossistema de startups entre os países do G20.
Um dos diferenciais da iniciativa foi a decisão de realizar encontros presenciais. O primeiro deles aconteceu na Amazônia, mais precisamente no Amapá. “A Amazônia precisa ser ouvida. O Amapá, por exemplo, apesar de sua riqueza em bioeconomia, é uma região isolada e com infraestrutura precária. Mostrar essa realidade aos líderes globais foi essencial para destacar as necessidades e potencialidades da região”, ressaltou Mariane.
Dentro do Startup 20, foram criadas três forças tarefas no Brasil: políticas públicas, ESG (Environmental, Social, and Governance) e investimentos. Cada grupo discute temas específicos que resultarão em um relatório final apresentado à cúpula do G20. “Esses grupos são compostos por representantes de corporações, políticas públicas e startups, coletando uma ampla gama de informações e perspectivas”, explicou Daniel Goettnauer, do Manaus Tech Hub, que também participou do evento Minas Summit.
Os encontros do Startup 20 já começam a mostrar resultados práticos. “Já tivemos investimentos dos Estados Unidos em empreendedores locais no Amapá, além de melhorias na infraestrutura, como a inclusão de voos diretos para Macapá”, contou Takahashi. Esses avanços não só beneficiam a região, mas também destacam a importância das startups na economia global, movimentando a economia, a estrutura e dando um olhar nacional para a inovação.
Apesar dos avanços, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A questão da infraestrutura é uma delas. Além disso, a necessidade de uma melhor regulamentação e apoio governamental é um ponto crucial para o crescimento sustentável das startups. O programa Startup 20 é uma prova de que, com o apoio certo, as startups podem transformar economias e impulsionar o desenvolvimento sustentável, criando um futuro mais inovador e inclusivo para todos.
Minas Summit - A 2ª edição do Minas Summit foi realizada pelo Grupo FCJ, o Órbi Conecta e o San Pedro Valley nos dias 26 e 27 de junho de 2024. Entre os patrocinadores estiveram Anjos do Brasil, ArcelorMittal, Atlantic Hub, Azul Linhas Aéreas, Band Minas/Band News, Be Fly, Belotur/BH, Board Academy, CDL BH, CODEMGE/Governo de MG, Cotemig, CRA MG, Drummond, Eletromidia, Escalab, FGV, Framework, Gasmig, Grant Thornton, Grupo Anima - Una e Casa Uma, Huawei, Integração Ventures, Ops Team, Putz, Sucos Tial, Tik Tok e Yazo.
O Minas Summit 2024 superou todas as expectativas: foram mais de 10 mil participantes durante os dois dias, mais de 1,5 mil representantes de diversas startups de todo o Brasil e mais de R$ 50 milhões gerados em novos negócios. Com cerca de 80 horas de conteúdo, 300 painelistas e 6 palcos simultâneos, o Minas Summit se consolidou como um dos maiores eventos de inovação do país.
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