Apesar dos rumores de que o ex-ministro Zé Dirceu pode se candidatar à presidência do Partido dos Trabalhadores, cargo que ele já ocupou no passado, o político não deve participar da disputa. O papel de Dirceu será de apoio à Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, e candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Silva chegou ser cotado para ser ministro da Secretaria de Comunicação do Governo. No entanto, em função da eleição partidária, ele não foi indicado para o cargo, que ficou com o marqueteiro do presidente, Sidônio Palmeira.
Racha
Dirceu e Edinho fazem parte da mesma corrente política chamada Construindo um Novo Brasil (CNB), campo majoritário dentro do PT e que já comandou o partido várias vezes. A atual presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleise Hoffann, também é da mesma ala. Agora, a CNB está rachada.
Apoiadores de Edinho são críticos da gestão atual, encabeçada por Hoffman, e argumentam que existe uma centralização, que o discurso é atrasado e que falta diálogo com a base. Por outro lado, aliados de Gleise teriam interesse em apresentar um outro nome para sucedê-la, como chegou a ser cogitado o do líder do Governo na Câmara, deputado federal, Zé Guimarães. Um dos argumentos é o aumento da representação do Nordeste, região na qual o PT tem vários governadores e um eleitorado consolidado.
A eleição para a presidência do Partido dos Trabalhadores será realizada no mês de julho.
Deputado federal
De toda forma, pelo que a coluna apurou, Zé Dirceu deve seguir nos diálogos que tem feito por todo Brasil, na tentativa de viabilizar sua candidatura à Câmara Federal, o que deve ser definido e anunciado até o fim do ano. O político tem defendido que a ampliação do número de parlamentares de esquerda no Congresso é a única forma de combater a extrema-direita.