A venda de veiculos no Brasil em 2024 teve a maior alta em relação ao ano anterior desde 2007. O aumento foi da ordem de 15% entre um ano e outro, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
Um dos principais motivos foi a aprovação do Marco Legal das Garantias, sancionado no final de 2023. De acordo com a nova lei, em caso de inadimplência, os bancos podem retomar o bem com mais facilidade. Nas situações em que os veículos são usados como garantia, a legislação permite a retomada sem recorrer à Justiça. Com a diminuição do risco, o custo do financiamento reduziu, tornando as condições mais acessíveis para os clientes.
O mercado vinha enfrentando anos difíceis desde a crise econômica que se iniciou nos governos de Dilma Rousseff, sem melhora significativa na gestão de Michel Temer e com a estagnação imposta pela pandemia em 2020. Em 2024, as novas condições legais, combinadas com a Taxa Selic, antes da última atualização do Copom, desenharam um ambiente mais favorável para as vendas. As perspectivas para 2025, inclusive, seriam mais positivas, caso a taxa básica não tivesse sido reajustada para 12,25%.
Resultado positivo
Neste ano, por 130 mil unidades, o mercado quase bateu a meta de 3 milhões de unidades vendidas. O resultado foi considerado muito positivo. “O encerramento de 2024 para o setor automotivo foi extremamente positivo. Nós tivemos o maior crescimento do mercado desde 2007. Além disso, o mercado brasileiro, ele foi o que teve o maior crescimento entre os dez principais mercados. Então, comparando com os dez principais mercados mundiais, o Brasil apresentou o maior crescimento isso bem alinhado com o maior ciclo de investimentos da nossa história”, explicou Márcio Lima Leite, presidente da ANFAVEA.
Em 2024, o Brasil anunciou investimentos de R$ 130 bilhões para os fabricantes de veículos e mais de R$ 50 bilhões para os fornecedores da indústria de autopeças. A geração de empregos foi superior a 100 mil novas vagas.
