O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai passar por uma cirurgia complementar e a situação de saúde do petista a longo prazo será um dos pontos de atenção da esquerda brasileira daqui pra frente. Até então, Lula é um potencial candidato à presidência da Republica em 2026 e é tido por muitos como o único nome progressista com potencial para ganhar as eleições.
No entanto, os questionamentos que vinham sendo feitos em função da idade, por causa dos 78 anos do presidente, agora ganham um novo contorno. Em outubro, Lula sofreu uma uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada e em função do tombo teve uma pressão intracraniana e precisou ser operado nesta terça-feira (10).
Caso o PT perceba que Lula não deva disputar um quarto mandato, será necessário investir em um novo nome e a situação abre o debate sobre a sucessão do presidente. Dentre os petistas, o mnistro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi o candidato do PT em 2018 quando Lula estava preso, é o nome mais óbvio.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) que disputou a prefeitura de São Paulo neste ano, seria um candidato para anos futuros, mas acabou perdendo força política com o resultado das urnas. O ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, virou ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e saiu do páreo.
Na Esplanada, alguns ministros se destacam pelas entregas ou pelo resultado político em suas regiões, como Camilo Santana (PT), da Educação, e Renan Filho (MDB), dos Transportes, mas ainda não aparecem na lista de cotados.
Fato é que, certamente, a esquerda se dedicará à discussão sucessória nos próximos meses e a situação de saúde do presidente vai ditar a urgência para a construção ou não em torno de um novo nome.