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Bastidores: Com troca de Kika por Renata, Viana sai do isolamento e volta a ter apoio da chapa de vereadores

Senador não estava sendo convidado para eventos de candidatos fiéis a Aro e Nely, que sempre defenderam o nome de Renata

A substituição de Kika da Serra por Renata Rosa na posição de vice na chapa de Carlos Viana (Podemos) retira o senador isolamento que ele estava vivendo dentro do próprio grupo político. O problema não era com Kika, mas com o fato de Viana ter contriado uma escolha da cúpula partidária.

Vereadores

Com a desistência da líder comunitária, a partir de agora, o senador vai contar com o apoio dos cerca de 200 candidatos a vereador na chapa. Nos últimos dias, Viana não estava sendo chamado para os lançamentos de candidaturas. Isso porque os candidatos são todos ligados ao secretário da Casa Civil de Zema, Marcelo Aro (PP) e à deputada federal Nely Aquino, presidente estadual do Podemos e ambos defendiam o nome de Renata Rosa. Com o racha de Viana, ao escolher Kika da Serra, ele ficou isolado e deixou de receber apoio de importantes cabos eleitorais que são os candidatos a vereador que levam o nome do postulante a prefeito para suas bases. Além do que, poderia ter dificuldade em utilizar a parte do recurso administrada pelo partido.

Estratégia

Segundo apurado pela coluna, a saída costurada por Nely Aquino, foi convencer Kika que a posição mais confortável pra ela dentro do grupo, antes e depois da eleição, seria a de vereadora e não de candidata a vice. Por isso, ao desistir, ela teve a garantia de cargo como titular de uma nova pasta a ser criada, a Secretaria de Vilas e Favelas, caso Viana seja eleito. Além do que, Kika foi lembrada que depois de ter sido anunciada como vice, a desistência fortaleceria a candidatura a vereadora, já que ela acabou tendo a visibilidade turbinada pela agenda de vice.

Prioridade

Embora seja prioridade da executiva nacional do Podemos a candidatura de Viana, em Minas, independente do cargo de prefeito, é prioritário para a Família Aro garantir um número expressivo de vereadores, de forma que, qualquer que seja o vencedor, a bancada do grupo tem poder suficiente para ter cargos, discutir projetos e influenciar na tomada de decisões da prefeitura.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
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