O Campeonato Mineiro precisa reagir. Após a edição de 2022 ter a sua final, em jogo único, com atleticanos e cruzeirenses dividindo o Mineirão, como o maior evento de um Estadual no Brasil na temporada, em 2023 a competição não conseguiu manter a valorização alcançada há um ano.
Muito pelo contrário. O torneio começou com os clubes, no caso Cruzeiro e Atlético, deixando o Mineirão, que é a principal casa do Campeonato Mineiro, pois abrigou praticamente todos os grandes jogos da disputa desde sua inauguração, em 1965.
E este abandono vai acontecer até mesmo no clássico entre eles, com mando cruzeirense, que será disputado numa segunda-feira, dia 13, às 20h, fruto do rompimento da Raposa com o Gigante da Pampulha. E o jogo que seria na noite do domingo, dia 12, teve que ser adiado por causa do evento de um bloco de Carnaval na Rua Pitangui nesta data.
Antes mesmo de a bola rolar outro grande problema, a batalha jurídica entre Ipatinga e Betim pela segunda vaga do Módulo II do ano passado na disputa. Isso provocou o adiamento de duas partidas do Tigre e isso é sempre ruim, pois todo adiamento provoca desequilíbrio técnico numa competição.
O primeiro clássico do Campeonato Mineiro, entre América e Cruzeiro, deixou o Estado e foi no Mané Garrincha, em Brasília, por decisão dos americanos, que eram mandantes e venderam a partida que venceram por 1 a 0.
No mesmo dia do clássico “candango” o Ipatinga enfim estreou na competição, após vencer a batalha jurídica com o Betim, recebendo o Atlético no Ipatingão, que ficou lotado num dia em que faltaram água, higiene e respeito ao torcedor.
Nesta terça-feira (7) começa apenas a quarta rodada da fase classificatória do Campeonato Mineiro. Com um número de problemas muito grande para um universo ainda tão pequeno de jogos. Que clubes, federações e torcedores consigam colocar nos trilhos uma competição centenária, que foi o berço de nossas rivalidades e faz parte da nossa história.