As máximas do Caixa e a injustificável ausência de Hulk na Seleção
Camisa 7 atleticano faz o jogar bola parecer ser fácil em noite de gala no Gigante da Pampulha
“Quando o Hulk pega na bola, a defesa do Flamengo pega no terço”. A frase dita pelo Caixa na narração da Rádio Itatiaia, na metade do segundo tempo, quando o Atlético vencia o clássico da última quarta-feira (22), no Mineirão, por 2 a 0, é o melhor retrato do que foi o jogo de ida entre os dois clubes pelas oitavas de final da Copa do Brasil, que terminou com o placar de 2 a 1 para o Galo.
A máxima do Caixa poderia ter até um complemento, pois quando o Hulk pega na bola, a defesa adversária pega mesmo no terço e nós ficamos com os olhos vidrados no campo, pois ele é diferente.
E esses dois jogos seguidos do Atlético contra o Flamengo, um dos melhores times da América do Sul, foram provas claras disso. No último domingo (19), nos 2 a 0 atleticanos pelo Brasileirão, as grandes atuações de Eduardo Vargas, Nacho Fernández e Keno exigiram do camisa 7 de Antônio Mohamed ser apenas o integrante de um ataque que brilhou. É como se fosse um coadjuvante da obra.
Três dias depois a história foi diferente. O atacante chileno e o meia argentino, talvez até pelo desgaste físico, não conseguiram a mesma entrega do último domingo. O camisa 11 saiu cedo de campo, por mais uma lesão. E o protagonismo de Hulk decidiu o jogo a favor do Galo.
E ele fez isso com a maior simplicidade do mundo, pois faz o jogar bola parecer ser fácil. Fruto da união de força física com qualidade técnica.
Logo após o golaço que marcou no início do confronto, Álvaro Damião o definiu como: “Locomotiva”. E ele foi exatamente isso. Em determinados momento parecia puxar sozinho o Atlético para cima do Atlético.
É uma pena que Tite não tenha dado a Hulk as chances que ele merece na Seleção Brasileira. Principalmente porque no Catar cada equipe poderá ter 26 jogadores.
Imagino que o Cleber Xavier, auxiliar do treinador canarinho, que esteve no Gigante da Pampulha na última quarta-feira, deve ter sentido uma ponta de constrangimento.
Tite tem o direito de convocar quem quiser para a Seleção Brasileira. Mas as poucas chances a Hulk desde o segundo semestre do ano passado são injustificáveis.
Para isso, recorro a outra máxima do Caixa, que é sem dúvida nenhuma quem melhor define o craque atleticano: “Mas joga muito o tal do Hulk”.