Belo Horizonte vive semana de risco com torcidas rivais na cidade
A capital mineira terá três jogos em sequência envolvendo rivalidades: Cruzeiro x Ponte Preta e Atlético x Flamengo, que se encontrarão duas vezes
Belo Horizonte começa a viver nesta quinta-feira (16) uma semana em que todo cuidado será pouco no que se refere aos conflitos entre torcidas, pois serão três jogos em sequência envolvendo rivalidades.
A capital mineira, neste ano de 2022, já foi palco de uma briga entre atleticanos e cruzeirenses no Brasil 4 x 0 Paraguai, em 1º de fevereiro, no Mineirão, pelas Eliminatórias, e no clássico da fase classificatória do Campeonato Mineiro, em 6 de março, um torcedor celeste foi baleado na barriga e morreu num confronto entre organizadas na Região Leste da cidade.
O Cruzeiro x Ponte Preta desta quinta-feira é o confronto menos problemático, mas já merece cuidados. Isso porque a principal organizada do clube campineiro tem histórico de confusões por onde passa e não aplica a hospitalidade quando recebe visitantes no Moisés Lucarelli. O troco cruzeirense é uma possibilidade real com a qual os órgãos de segurança precisam trabalhar.

A partir do próximo domingo (19) teremos uma overdose de Atlético x Flamengo em Belo Horizonte. Este confronto, que será às 16h, pela 13ª rodada da Série A. No dia seguinte, segunda-feira (20), os dois clubes se enfrentam às 20h, mas no Independência, também pela 13ª rodada, mas do Brasileirão Feminino.
Na quarta-feira (22), atleticanos e flamenguistas voltam a se enfrentar, no Gigante da Pampulha, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Falar da rivalidade entre as torcidas de Atlético e Flamengo é chover no molhado. Mas o cenário de três partidas em quatro dias numa mesma cidade é inédito. Além disso, há outro problema, que é o fato de uma das organizadas mais violentas do clube carioca ser aliada de uma torcida cruzeirense.
Isso provoca a possibilidade de flamenguistas vierem à capital mineira para os três jogos, ficando os quatro dias na cidade.
O alerta não pode ser descartado pelas autoridades. O futebol brasileiro, após a pandemia, vive um momento de extrema violência. São vários os casos de brigas entre torcedores pelos quatro cantos do país, o último deles no domingo passado, quando organizadas de Coritiba e Palmeiras transformaram o entorno do Estádio Couto Pereira num campo de batalha. Durante a confusão, um palmeirense morreu.
É um erro grande que clubes, federações estaduais e CBF não tratarem a violência no futebol com a atenção que ela merece. Enquanto isso não acontece, cabe às autoridades tomarem providências para que a maioria absoluta que vai aos estádios não seja vítima da guerra entre bandidos.