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Alunas do IFMG vencem desafio global de tecnologia com app voltado para mulheres

Estudantes conquistaram o primeiro lugar na etapa regional do Technovation Girls 2025, quando concorreram com projetos brasileiros

Estudantes do curso técnico em Informática do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) conquistaram o primeiro lugar no maior desafio global de empreendedorismo e tecnologia para mulheres

Estudantes do curso técnico em Informática do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) conquistaram o primeiro lugar na etapa regional do Technovation Girls 2025, o maior desafio global de empreendedorismo e tecnologia para mulheres.

Com um aplicativo voltado para segurança do público feminino, as jovens Carla Jhenifer, de 16 anos, Ellen Rodrigues, de 16 anos, Emily Vitória, de 16 anos, e Laís Cristina, de 18 anos, deram um passo importante para o futuro.

As estudantes desenvolveram o projeto de um software que usa inteligência de dados para indicar rotas protegidas para mulheres em áreas urbanas. A plataforma cruza estatísticas oficiais de segurança com relatos enviados em tempo real pelas usuárias, o que cria um mapa dinâmico e orienta deslocamentos.

“A gente começou a fazer pesquisas e a gente viu que a taxa de feminicídio em Minas e no Brasil crescia a cada dia que passava. A gente perguntou para pessoas, mulheres da nossa família, amigas e todas sempre falavam que já sofreram algum tipo de assédio. Então, a gente quis pegar um tema que a gente pode olhar e falar assim: não, a gente sabe que a gente consegue ajudar”, explica Laís Cristina à Itatiaia.

Dados do Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o Locomotiva (2024) mostram que 71% das brasileiras já sofreram violência durante seus trajetos.

A equipe conta que não foi classificada para a final, mas pretende seguir com o projeto e desenvolver o aplicativo. “Foi uma experiência incrível participar do Tech Innovation Girls. Apesar de não termos nos classificado para a final, aprendemos muito ao longo do processo. Mas a gente pretende continuar lançando o aplicativo”, detalha Ellen Rodrigues.

Outra integrante do grupo, Emily Vitória, conta que, antes de ter contato com o projeto, queria ser médica. No entanto, depois de acompanhar algumas disciplinas de tecnologia e com a experiência de desenvolver a ideia do aplicativo, percebeu um propósito na área.

“Quando eu comecei a me envolver mais na tecnologia, principalmente, na criação desse aplicativo, eu vi que tinha outras formas, além da medicina, de eu conseguir ajudar as pessoas. Não apenas um grupo de pessoas em específico, mas, até, de uma forma mais ampla, até pessoas do mundo todo”, ressalta a jovem.

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas