Ouvindo...

Polícia conclui investigação do caso de diarista que acusou PM de estupro e não indicia suspeito

O inquérito aponta que não houve provas suficientes para confirmar a versão da denunciante

Delegadas Larissa Mascotte e Juliana Califf, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (2), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que não vai indiciar o policial militar acusado de abusar sexualmente de uma diarista em Belo Horizonte.

“A Polícia Civil não iniciou o suspeito pelo crime de estupro, tendo em vista que o depoimento da vítima não foi confirmado pelas demais provas que foram produzidas no curso das investigações”, afirmou a delegada Larissa Mascotte, da Delegacia Especialista de Combate à Violência Sexual.

Leia também

O inquérito policial foi concluído, e os exames de corpo de delito e constatação de violência sexual não comprovaram o crime de estupro.

Outras provas coletadas, como análise pericial no celular do investigado, imagens de circuito de segurança do local dos fatos e relatos de testemunhas também não confirmam a versão da denunciante.

“Houve uma relação sexual, porém não ficou comprovado que essa relação sexual não tenha sido feita de maneira consensual, mas não dá para dizer que a vítima está mentindo”, afirma a delegada.

O inquérito segue para a análise do Ministério Público, que vai decidir se denuncia o acusado ou arquiva o inquérito.

Relembre o caso

A diarista relatou que o estupro teria acontecido no dia 26 de fevereiro enquanto ela limpava uma loja do militar. Ela contou que, após o término do serviço, o suspeito tomou o celular dela, a colocou no balcão, encostou uma arma em suas costelas e a obrigou a tirar a roupa, consumando a conjunção, segundo informações registradas no boletim de ocorrência.

A vítima afirmou que o policial disse que a mataria caso ela contasse para alguém sobre o ocorrido. Ela falou com o marido e seguiu para o Hospital Odilon Behrens, onde passou por exames.

No BO, o militar contou que os dois conversaram sobre fetiche e trocaram indiretas de cunho sexual. Ele disse que ato sexual foi consensual e argumentou que a loja está localizada em um prédio com outras salas comerciais, o que tornaria improvável a ocorrência de violência sem que ninguém percebesse.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.