A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou nesta semana a esposa e o filho pelo assassinato de um homem em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no ano passado. As informações foram repassadas pela corporação em entrevista coletiva nesta quarta-feira (26).
O inquérito policial foi concluído na última segunda-feira (24). A mulher, o filho e o executor do crime foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado.
A polícia pediu a prisão preventiva dos três indiciados. O filho está preso desde fevereiro, a mulher não teve a prisão decretada pela Justiça e o executor está foragido.
O delegado Otávio Luiz de Carvalho, da Delegacia de Homicídios de Betim, conta que mãe e filho viajaram para a praia e venderam itens da vítima após o assassinato.
“A atitude que eles tiveram depois do crime demonstra que eles não tiveram nenhum arrependimento”, afirma.
O crime
O crime aconteceu em 19 de novembro de 2024 no bairro Jardim das Rosas, em Ibirité. O corpo da vítima — o pedreiro Marcelo Bruno de Souza Pereira — foi encontrado carbonizado no dia seguinte em Betim.
O pedreiro foi assassinado com uma pancada na cabeça enquanto estava dormindo.
Com o apoio da esposa da vítima, o filho do casal foi o mandante do crime. Ele pagou R$ 6 mil e prometeu a moto do pai a um executor para a realização do homicídio.
Os familiares alegam que a motivação do assassinato é que o homem agredia a mulher e os filhos. Além do mandante do crime, o pedreiro tinha outras duas crianças, de 10 e oito anos.
“Tanto a mulher, quanto o filho alegam que o pai era muito agressivo com os filhos, que agredia a mãe e os filhos, inclusive um de 10 anos. Ele chegou a agredi-lo com um cinto e deixou uma marca nas costas. Isso teria, então, causado a motivação para prática do crime”, detalha o delegado Otávio Luiz de Carvalho.
Segundo a investigação da Polícia Civil, a esposa participou ativamente do crime e, por isso, também foi indiciada. O inquérito aponta que ela é suspeita de tirar os outros filhos de casa a pedido do filho mais velho e pegar o carro para entregar a ele.
O filho confessou que levou o executor para a casa da família e ajudou a desovar o corpo do pai, mas alega não ser o autor do assassinato e não queimou o cadáver.