Uma mulher de 37 anos foi presa em Belo Horizonte sob a suspeita de coordenar um clube de investimentos irregular que causou prejuízos a dezenas de vítimas. Informações da investigação foram repassadas nesta terça-feira (25).
A prisão, de caráter preventiva, aconteceu na última quarta-feira (20) durante o cumprimento de uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As investigações começaram em maio de 2024.
A suspeita tem uma carreira no mercado financeiro e se aproveitou de sua reputação para criar o esquema de enriquecimento ilícito, segundo a PCMG.
A investigada é cadastrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como assessora de investimentos, mas seu clube de investimentos não é registrado e funciona sem autorização.
O prejuízo é estimado em R$ 4 milhões. Até agora, 11 vítimas já foram identificadas. Dessas, 10 são de Belo Horizonte e 1 de Salvador (BA).
Uma das vítimas teve prejuízo de R$ 1,7 milhão, segundo o delegado Rafael Alexandre de Faria, da 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes.
Os lesados alegam que não recebiam os valores dos investimentos e a suspeita garantia que não haveria perdas. A investigada prometia retornos de 5% a 20% do valor investido.
Após o início das investigações, a mulher apagou as redes sociais, mudou de endereço, sumiu e bloqueou os clientes nas redes sociais.
A PCMG aponta que a investigada realizou “uma série de transferências vultuosas de valores para parentes dela, como a mãe e o irmão”.
A mulher foi presa após prestar depoimento no Departamento Estadual de Combate a Corrupção e a Fraudes. Ela alega que o dinheiro foi perdido no mercado financeiro.
A polícia acredita que podem aparecer mais vítimas. “Nós orientamos que, caso a pessoa seja uma dessas vítimas, procure Departamento Estadual de Combate a Corrupção e a Fraudes para fazer a denúncia e também trazer a documentação adequada para ser inserida no processo”, informou o delegado Rafael Alexandre de Faria.