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Suspeito de feminicidio que tentou encobrir crime simulando suicídio é indiciado

Perícia e depoimentos de testemunhas desmontaram tese inicial de suicídio. Suspeito foi indiciado por feminicídio qualificado e por fraude processual

Um homem foi indiciado pelo feminicídio de uma jovem em Taiobeiras, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Civil, o suspeito tentou encobrir o crime ao simular um suicídio, mas a perícia e os depoimentos das testemunhas desmontaram essa versão. O homem foi identificado e preso três dias após o crime, que aconteceu em 27 de dezembro. Se condenado, o suspeito pode pegar uma pena de mais de 40 anos.

A Polícia Civil indiciou o homem por feminicídio qualificado e por fraude processual. Segundo a corporação, o inquérito para apurar o crime foi instaurado no dia seguinte ao fato, quando familiares e a cena do crime levantaram indícios de que a morte não teria sido autoinfligida. O suspeito confessou o crime no momento da prisão, quando foi encontrado com o celular da vítima.

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As suspeitas foram confirmadas pelo laudo da necrópsia. O documento confirmou que a vítima morreu por asfixia, o que evidenciou a ação violenta do suspeito. Além dos laudos periciais e depoimentos de testemunhas, a investigação também contou com uma reprodução simulada.

Dinâmica dos crime

Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi até a casa da vítima na noite do crime com o pretexto de discutir uma suposta dívida relacionada a uma bicicleta. A corporação apurou que os dois haviam se relacionado meses antes, mas a vítima optou por romper o relacionamento e começou a se envolver com outra pessoa.

Conforme apurado pela Polícia Civil, durante uma discussão no quarto da vítima, o suspeito teria a asfixiado e teria manipulado a cena do crime, simulando um suicídio. O corpo da jovem foi encontrado pela mãe da vítima no dia seguinte, suspenso por uma corda amarrada ao telhado da casa.

Investigações

Os policiais acreditam que a motivação do crime estaria ligada ao fato do suspeito não aceitar o término e agir movido por ciúmes. Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil relataram que o homem perseguia a vítima e demonstrava comportamento obsessivo, além de insistir em manter contato.

Alguns dias antes do crime, a vítima chegou a pedir uma amiga para dormir com ela por temer ficar sozinha.

Diante do conjunto de provas, o homem foi indiciado por feminicídio qualificado, por asfixia, e por fraude processual, por ter alterado a cena do crime. A Polícia Civil destacou que, se condenado, o suspeito pode pegar mais de 40 anos de prisão.

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas
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