O médico Bruno Hurtado Stehling, de 41 anos, condenado a 11 de prisão por dopar e estuprar uma mulher em Belo Horizonte, foi preso no estado de São Paulo após ficar mais de dois meses foragido.
A prisão aconteceu no dia 28 de fevereiro, mas só foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária do estado nesta quinta-feira (20). Agora, o criminoso se encontra na Penitenciária Guarulhos I, na Grande SP.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) para obter mais informações sobre as circunstâncias da prisão, mas a pasta se negou a informar. O médico era considerado foragido desde o dia 11 de dezembro, quando um mandado de prisão definitiva foi expedido pela Justiça de Minas.
A Itatiaia entrou em contato com a defesa do condenado e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
Crime cometido em 2012 foi julgado em dezembro do ano passado
O médico responde por um estupro cometido no dia 6 de janeiro de 2012, após uma festa de casamento no Clube Sírio Libanês, na região da Pampulha. Stehling conheceu a vítima durante o evento, a beijou e a convidou para uma suposta festa que estaria acontecendo em seu apartamento.
Conforme o boletim de ocorrência, a mulher relata que, ao chegar na residência do médico, viu que não havia nenhuma festa. Mesmo assim, ela decidiu ficar. Em seguida, Stehling ofereceu uma taça de espumante para a mulher, que perdeu a consciência ao tomá-la. Ao acordar, ela constatou que estava sendo vítima de violência sexual.
A investigação da Polícia Civil concluiu que o médico havia colocado Rivotril na bebida para dopar a vítima. Ao sair do apartamento do médico, ela pediu ajuda a uma mulher que estava passando pela rua e acionou a polícia. O exame de corpo de delito também confirmou os abusos.
Na época do crime, ele chegou a ficar preso por cinco dias na região metropolitana de BH. Entre os dias 6 e 7 de setembro de 2012 no Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, e entre os dias 7 e 11 de setembro de 2012 no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem.
Depois disso, ele respondeu o processo em liberdade e continuou atuando como médico, inclusive com o Cadastro Regional de Medicina (CRM) ativo. Durante o último julgamento do caso, Stehling foi considerado culpado e condenado pelo crime de estupro de vulnerável. A Justiça determinou que ele começasse a cumprir a pena, inicialmente em regime fechado, mas o médico permaneceu foragido até ser encontrado no fim de fevereiro.