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PC não confirma que adolescente tenha abusado sexualmente de bebê no Barreiro; investigação continua

A apuração começou na última segunda-feira (17), quando a mãe da bebê a levou para atendimento em um hospital, com a suspeita de que a criança era abusada pelo enteado de 13 anos

Somente após o resultado de um laudo médico demandado pela Polícia Civil, a corporação poderá confirmar se um bebê de um ano foi vítima de violência sexual por parte do enteado de 13 anos no Barreiro, em Belo Horizonte.

Até a conclusão do inquérito, a instituição alerta sobre o risco de falsas informações serem divulgadas em canais de comunicação não oficiais e espalhadas pela internet.

As investigações começaram após a polícia receber a denúncia de uma mulher, alegando que a filha havia sido violentada pelo enteado dela. O boletim feito pela reclamante apontava que o menor tinha acesso à meia irmã, especialmente na hora do banho. A pequena foi levada para um hospital, onde foi encontrada uma vermelhidão na sua parte íntima, o que por si só não confirma abuso sexual, até o momento.

O caso também foi noticiado por um blog da capital, na Região do Barreiro, onde moram os envolvidos. Conforme o delegado, a informação era de que a menina teve seu hímen rompido por conta do suposto abuso, informação que não procede, conforme o delegado.

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“Eu gostaria de chamar a atenção que não existe nenhuma prova que demonstre que os fatos aconteceram. Foram disseminadas algumas informações falsas que davam conta de que teria havido o rompimento do hímen do bebê. Ainda não foi emitido um laudo do Instituto Médico Legal (IML) informando se isto aconteceu ou não. Portanto, é precipitado e errôneo divulgar”, disse.

Três casos em um

O que a Policia Civil confirma até o momento é que existem três casos entrelaçados. Antes da denúncia da mãe do bebê, a sobrinha dela teve uma relação sexual consensual com o menor. Ambos têm 13 anos, e conforme a lei, cada um deles é autor e vítima, nesse caso. “A lei proíbe que qualquer pessoa menor de 14 anos tenha relações sexuais. Contudo, ambos possuem 13 anos. E assim chamo a atenção que eles são responsáveis ou investigados por prática de ato infracional e vítima ao mesmo tempo”, disse.

Em represália pela relação sexual com a adolescente, o pai do menor e a madrasta o teriam espancado. Logo depois, foi feita a ocorrência do suposto estupro de vulnerável contra o bebê.

Temendo que o menor sofresse outra agressão, a PC determinou uma medida protetiva, proibindo o pai e a madrasta do adolescente de aproximarem-se dele. “Pedimos ao judiciário que fossem decretadas medidas protetivas em favor desse jovem, justamente para a gente poder tentar mitigar os efeitos”, acrescentou.

As investigações estão divididas entre a delegacia de Contagem (ato infracional dos adolescentes), a delegacia especializada de apuração de ato infracional (possível abuso contra o bebê) e a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (maus tratos e outros crimes).


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Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
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