O motorista Geovani Schaeffer, que atropelou 12 pessoas durante um torneio leiteiro em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, em setembro de 2023, vai a Júri Popular. De acordo com a apuração da Itatiaia, a decisão foi tomada no início do mês e o acusado, que está detido no Presídio de Eugenópolis, não terá o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Três pessoas morreram por conta do atropelamento (relembre o caso no fim da matéria).
A pronúncia foi assinada pela juíza Joyce Souza de Paula, da Comarca de Juiz de Fora. A magistrada cita detalhes da denúncia contra o motorista, incluindo a informação de que ele teria se envolvido em uma briga generalizada momentos antes de pegar o carro e acelerá-lo em direção à multidão. Ela também destaca que o crime foi cometido por motivo fútil, perigo comum e uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Ainda de acordo com a decisão, o laudo pericial apontou “total sanidade mental” de Geovani.
Com isso, Geovani será levado ao Júri Popular por oito tentativas de homicídio triplamente qualificado, dois homicídios triplamente qualificados e um terceiro homicídio com quatro qualificadoras. Ele não poderá recorrer em liberdade e segue detido em Eugenópolis.
Em nota, a defesa do acusado informou que entrou com um recurso contra a decisão e, agora, o pedido deve ser analisado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Relembre o caso
O motorista Geovani Schaeffer atropelou 12 pessoas após se desentender e entrar em luta corporal com desconhecidos no evento ‘Torneio Leiteiro das Campeãs’, realizado no Estádio Municipal de Juiz de Fora. Após a briga, ele saiu do local, entrou no carro, um Gol branco, e avançou em uma área destinada a pedestres.
Em alta velocidade, ele ultrapassou as estruturas metálicas e só parou quando colidiu com dois veículos estacionados atrás do palco. O motorista foi espancado e levado sob escolta policial para o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS), em estado grave.
Três pessoas morreram em decorrência do atropelamento: Elear Maria Faião, de 59 anos, Dionízia Marinho Lopes, de 56 anos e Helena de Macedo, de 3 anos, que estava no colo de Dionízia e morreu menos de dois dias após a tragédia.