A Avenida Tereza Cristina, importante via de Belo Horizonte, está enfrentando sérios problemas estruturais que têm gerado preocupação entre os motoristas que transitam pela região. Rachaduras no asfalto, especialmente na altura do bairro Padre Eustáquio, na região noroeste da capital mineira, têm se agravado com as chuvas, causando prejuízos e medo aos condutores.
Segundo relatos de motoristas que utilizam a via frequentemente, as fissuras no asfalto pioram significativamente durante os períodos chuvosos. Faustino Pereira Neto, morador do bairro Santa Maria, afirmou: “Aqui está prejudicando demais a gente. Essas rachaduras danificam demais o veículo da gente”.
As rachaduras, que são paralelas ao meio-fio e se estendem no sentido Contagem, estão localizadas em um trecho da avenida que margeia o Ribeirão Arrudas. A situação tem se mostrado recorrente, com tentativas de reparo que se mostram ineficazes a longo prazo.
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Em nota, a Subsecretaria de Zeladoria Urbana de Belo Horizonte informou que as trincas na Avenida Tereza Cristina são causadas pela movimentação da laje de cobertura do Ribeirão Arrudas. Segundo a subsecretaria, essa movimentação seria normal e prevista. A prefeitura afirmou que o local será vistoriado para análise do que pode ser feito no momento e que uma solução definitiva já está em estudo.
No entanto, especialistas alertam para a gravidade da situação. O engenheiro e membro do conselho do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE) Clémenceau Chiabi explicou: “Quando chega ao ponto de ter rachadura, essa movimentação é maior do que o habitual, do que o recomendável, e por isso merece uma atenção especial, com verificação por engenheiros qualificados e emissão de laudo técnico”.
O especialista ainda alertou sobre os possíveis riscos caso o problema não seja adequadamente tratado: ‘Esse tipo de problema vai facilitar a percolação, seja a água penetrar por dentro, eventualmente carrear o solo por baixo e abrir algum buraco”.