Com a expansão dos serviços de entregas e transporte de passageiros por aplicativo, o setor de aluguel de motos em Belo Horizonte está comemorando bons resultados. A procura está tão alta que algumas empresas já não têm motos disponíveis para alugar.
A empresária Natália Fernandes de Moraes, que abriu um negócio de aluguel de motos, relata a diversidade de clientes: "É um público muito diversificado. Tenho clientes que alugam a moto especificamente para deslocamento até o local de trabalho, outros que utilizam como complementação de renda, e há também quem use especificamente para aplicativos de mobilidade urbana”.
Segundo Natália, o mercado tem crescido tanto que atualmente não há motos disponíveis para aluguel em sua empresa.
Vantagens e preocupações
Amanda Lemos, que trabalha com entregas há mais de 15 anos, explica por que o aluguel é vantajoso: “Para o motoqueiro que roda muito é vantagem ter uma moto alugada porque a manutenção é toda por conta da concessionária. Muitas vezes, o motoqueiro que roda muito não tem tempo para parar a moto dele e fazer aquela manutenção”.
No entanto, Rogério dos Santos Lara, presidente do sindicato dos motociclistas e ciclistas de Minas Gerais, alerta para questões de segurança. Ele aponta que muitos locadores não estão preocupados com a perícia ou documentação de quem vai usar a moto, e que algumas pessoas subalugam os veículos.
Lara enfatiza a importância da experiência e conhecimento para rodar na cidade: “Tudo isso colabora para o risco de acidente, a falta de perícia, de conhecimento, de rodar na cidade, nos bairros, nos cruzamentos”.
Nova regulamentação
Uma novidade importante para o setor é a implementação de multa para quem não possui a licença de trabalho adequada. Agora, motoristas que prestam serviços de mototáxi ou entregas sem o EAR (Exerce Atividade Remunerada) estão sujeitos a uma multa gravíssima, que acarreta sete pontos na carteira e uma penalidade de R$ 293,00.