Moradores de um condomínio localizado na rua Célio de Castro, no bairro Floresta, região Leste de Belo Horizonte, denunciam série de invasões e furtos no prédio. Conforme relatos, foram sete invasões nos últimos 35 dias, sendo quatro delas em dez dias. O caso mais recente, registrado na madrugada dessa segunda-feira (9), foi flagrado por câmeras de segurança.
O vídeo mostra que o ladrão pula a cerca elétrica, entra na garagem, observa tranquilamente e leva cadeiras e mesas de plásticos, além de uma tampa de ferro da caixa de esgoto. Nas invasões anteriores, ele arrombou veículos, furtou objetos e também tampas de caixas de esgoto e de gordura.
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— Itatiaia (@itatiaia) December 10, 2024
“No dia 1º de dezembro vimos ele no prédio, gritamos e descemos para a garagem. Ele fugiu sem levar nada, mas retornou na madrugada dessa segunda-feira (9) e levou a última tampa da caixa de esgoto que havia sobrado no prédio e também um conjunto de mesa com quatro cadeiras”, diz uma moradora que não será identificada.
Os moradores desconfiam que o criminoso seja o mesmo. “A gente desconfia de que seja o mesmo autor em razão dos itens furtados. Foram três ocasiões em que entraram no prédio para roubar tampas de caixa de esgoto e de gordura, que são de alumínio. O segundo fator é que em uma das ocasiões eu o vi pela janela, a gente gritou e acionou todo mundo do condomínio. Depois desse dia, a gente reativou as câmeras do condomínio. No furto dessa segunda, é possível ver toda a ação e acompanhar. É a mesma pessoa que esteve aqui no dia primeiro de dezembro”, detalhou.
Ela destaca também que, de tanto invadir o prédio, o criminoso sabe até os carros que têm alarme. “Pelas imagens que a gente registrou no último furto, ele só olha um dos carros da garagem, que é o mesmo carro que já foi furtado. Então, a gente desconfia de que ele saiba exatamente o carro que não possui alarme e olha dentro do veículo”, disse.
Polícia
O condomínio Dona Dora fica a menos de 100 metros do batalhão Rotam, um dos mais respeitados da Polícia Militar (PM). Os moradores contam que acionaram a PM por meio do 190 nessa segunda-feira (9), mas esperaram por cinco horas e a viatura não chegou. Diante disso, uma pessoa foi até uma base móvel da PM e registrou o Boletim de Ocorrência.
“A sensação que a gente tem é de uma revolta muito grande, porque ele entra com facilidade e tranquilidade. Ele entrou três noites seguidas, como se não tivesse qualquer risco de punidade. É uma sensação de revolta muito grande e de insegurança, porque, em algumas ocasiões, ele entrou nove da noite, dez da noite”, disse.
“Em relação à atuação da PM, a gente ficou muito frustrado porque foi uma dificuldade muito grande de registrar a última ocorrência”, diz a moradora, que pede mais policiamento na região.
“A gente tem uma sensação de falta de policiamento mesmo. Sabemos que é uma região com muito morador de rua, com muito usuário de drogas e que está muito próxima do hipercentro da capital. Justamente por isso, acho que demanda um policiamento ainda maior. Nós estamos muito próximos do batalhão da Rotam e essa situação muito recorrente que aconteceu aqui no nosso prédio acontece na vizinhança toda.
O que diz a PM
Em nota, a Polícia Militar, por intermédio do 16º Batalhão, informou ter conhecimentos das recentes denúncias de invasões e furtos. “Reiteramos nosso compromisso em garantir a segurança e o bem-estar da comunidade. A PM tem desenvolvido ações específicas para coibir práticas ilegais e perturbações à ordem pública na área, incluindo o aumento do patrulhamento nas proximidades e ações de fiscalização”, diz trecho do texto.
Sobre a demora no atendimento, a PM diz que acompanha “as ocorrências e trabalhado para aprimorar a capacidade de resposta às necessidades da comunidade. Encorajamos os moradores a continuarem reportando qualquer comportamento suspeito ao nosso serviço de emergência, para que possamos agir de maneira eficaz e manter a segurança na região”.
