A Polícia Federal irá investigar a queda de um elevador em um dos prédios do Tribunal de Justiça Federal da 6ª região (TRF-6), em Belo Horizonte. O acidente aconteceu na manhã desta segunda-feira (2) e matou um funcionário terceirizado que fazia a manutenção do equipamento.
Esse não é o primeiro acidente com elevadores nos prédios da Justiça Federal em BH. Em julho deste ano, uma servidora teve o pé prensado por um dos elevadores do órgão. O acidente, no entanto, aconteceu em outro prédio do TRF-6, mas dentro do mesmo complexo de edifícios.
Alexandre Magnus, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal de Minas Gerais (Sitraemg), afirmou que quando houve o primeiro acidente com os elevadores do TRF-6, o órgão cobrou a melhoria dos equipamentos.
Segundo o órgão, o técnico que morreu nesta segunda estava concluindo um trabalho de modernização dos elevadores do prédio. O processo já havia sido concluído em três equipamentos, faltando apenas o elevador que caiu. Com a morte do trabalhador, o sindicato cobra a troca completa dos equipamentos.
“Essa modernização é fruto da negociação que o sindicato fez com a administração anterior. A compra de novos elevadores, a modernização dos equipamentos dependem do orçamento do Conselho da Justiça Federal. Espero que isso seja decidido o quanto antes e que venha essa modernização em caráter de urgência”, afirma o coordenador geral do Sitraemg.
“A única coisa que o sindicato quer é que os trabalhadores só voltem a trabalhar quando houver segurança nos prédios da Justiça Federal. Quando houver de fato a modernização dos elevadores, a troca dos antigos. Não adianta trocar uma peça velha, se fica outra peça velha no elevador. A gente tem que trocar o elevador inteiro”, acrescenta.
Após a queda do elevador, o sindicato pediu que os servidores, terceirizados e estagiários trabalhassem de forma remota. O pedido foi deferido pelo desembargador federal Vallisney Oliveira. A decisão determina que os funcionários dos prédios trabalhem de home office até a próxima sexta-feira (6).
Mas, para Magnus, uma semana não é suficiente para que os problemas de segurança sejam resolvidos.
Segundo Magnus, o sindicato já acionou a Defesa Civil e quer responsabilizar quem deveria ter fiscalizado os elevadores.
“Já pedimos uma vistoria na Defesa Civil e o auto de vistoria do Corpo Bombeiro. Também queremos saber quem são os responsáveis, o engenheiro, o bombeiro que está assinando isso. A gente vai cobrar esses responsáveis se acontecer mais algum fato desse. A gente espera que a Defesa Civil faça a fiscalização devida e nos mostre o laudo para saber se há condição de permanecer dessa forma ou não”, finaliza.