Mateus Simões, vice-governador de Minas Gerais, explicou que os torcedores que causarem desordem no jogo entre Atlético e Flamengo pela Copa do Brasil serão banidos. Em coletiva de imprensa neste domingo (10), ele declarou, ainda, que mais de mil policiais foram mobilizados, sendo 600 apenas no entorno da Arena MRV, na região Noroeste de Belo Horizonte.
"É uma operação de guerra. O nosso objetivo é, inclusive, garantir que pessoas que estão proibidas de entrar em estádio não entrem. Nós temos um sistema de monitoramento e todo mundo que passa pelas catracas tá sendo identificado através de um acordo nosso com a Polícia Federal”, pontua.
Após o torcedor entrar no local, ele é acompanhamento por meio de câmeras no estádio. “Se [os torcedores] não forem pegos agora, serão pegos depois, porque as câmeras estão rodando”, afirma ele, que destaca que são mais de mil equipamentos.
O reconhecimento facial vai contribuir para que o torcedor que causar desordem seja impedido de entrar ao local novamente. “Tá na hora da gente acabar com a tolerância com aquele que vem pra cá pra promover desordem”, acrescenta.
Ação da polícia
Ainda durante a coletiva, Mateus Simões falou sobre algumas ocorrências registradas neste domingo, incluindo furto de celulares, o torcedor esfaqueado em Ribeirão das Neves e o confronto entre organizadas do Atlético e do Flamengo na Avenida Pedro I.
“O que acontece fora da área do estádio não pode ser evitado pela atuação da polícia. Nós estamos falando, por exemplo, do que aconteceu hoje de manhã em Ribeirão das Neves. Três torcedores contra um torcedor, a gente não consegue controlar as mais de 5 milhões de pessoas que rodam na Região Metropolitana ao longo de todo dia, mas no entorno do estádio a nossa preocupação inicial é com a segurança física das pessoas”, afirma.
Sobre os furtos, ele recomenda que torcedores tomem cuidado ao usar o aparelho no local. “Infelizmente o Brasil continua convivendo com torcidas organizadas que se prestam a esse tipo de papel de colocar em risco à vida dos outros e a vida delas mesmo”.
Simões fala ainda sobre a ação da polícia, que, além de gás de pimenta, incluiu tiros de borracha. “Quando for necessário a intervenção, a intervenção acontecerá, nós não pouparemos o uso da força se estiver acontecendo desordem ou se a gente tiver colocando a vida ou a segurança física de outras pessoas em risco. Então se a torcida não quer ver a polícia atuando, a torcida tende a andar devagar, não promover aglomeração e obedecer a ordem dos agentes”, encerra.