Coração de paz

Sem a habilidade para conviver com as diferenças, prevalece a escalada do rancor

Espiritualidade é essencial para semear a paz

Construir a paz constitui missão que não pode estar restrita às importantes mesas de diálogo e de negociação. A paz entre nações, culturas ou mesmo no interior das famílias depende de um alicerce: cada pessoa buscar ser um coração de paz, cuidando da própria interioridade. A espiritualidade é essencial nesse cuidado, revestindo o ser humano de uma competência que nenhuma ciência pode oferecer. Uma sabedoria que vem da escuta de Deus, permitindo reconhecer a sacralidade de cada pessoa, do semelhante. Isto significa respeitar e aprender a conviver com as diferenças. Sem a habilidade para conviver com as diferenças, prevalece a escalada do rancor, do desejo de vingança.

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No início do mês, o Papa Francisco convidou a Igreja para viver um dia dedicado ao jejum e à oração, com o objetivo de semear a paz. Muitos que estão distantes da fé podem questionar a efetividade dessas práticas. Importante é saber que o jejum e a oração constituem exercícios espirituais especialmente relevantes, que fortalecem a capacidade humana de escutar Deus e, consequentemente, respeitar o semelhante. Reconhecendo o papel das instituições internacionais e dos muitos instrumentos que buscam promover uma civilização mais pacífica, cada pessoa possa oferecer também a sua essencial contribuição: tornar-se coração de paz, à luz da vivência de uma profunda espiritualidade.


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