Belo Horizonte registrou a primeira morte por coqueluche na capital mineira dos últimos três anos. A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade neste sábado (5).
Conforme a administração municipal, trata-se de uma criança de um mês que morava na regional Barreiro. O óbito ocorreu na última quarta (2).
No total, são 160 casos confirmados. O número chama a atenção já que, segundo a PBH, em 2022 e 2023 não foram registrados casos da doença. “A secretaria municipal de saúde acompanha o cenário epidemiológico da doença no município”, disse.
O baixo índice de vacinação pode explicar a volta da coqueluche na cidade. Segundo a PBH, a cobertura vacinal em menores de 1 ano é 68,2%. Para crianças com 15 meses está em 59,7%, já com 4 anos está em 60,4%.
“Por isso, é indispensável que as gestantes se vacinem com a dose que protege contra a coqueluche, uma vez que essa imunização produz anticorpos para mãe e bebê, resultando em uma proteção nos primeiros meses de vida até que a criança inicie o esquema vacinal, aos dois meses de idade”, disse por meio de nota.
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Outro caso em Minas
Em 30 e agosto, a Secretária do Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou a primeira morte por coqueluche no estado desde 2021. Tratava-se de um bebê de dois meses e que faleceu em 19 de julho deste ano em Poços de Caldas, no Sul do Estado.
Conforme a investigação feita na época, a criança não havia recebido nenhuma dose da vacina, porque ainda era muito nova para ser imunizada. Além disso, a mãe do bebê não tomou a vacina. O irmão gêmeo da criança também foi diagnosticado com a doença, foi internado e teve alta hospitalar.
O que é coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria (Bordetella Pertussis). A principal característica são crises de tosse seca, podendo atingir a traqueia e os brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
Crianças de até 6 anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta vacina específica para gestantes e profissionais de saúde.