O advogado Artur Campos Rezende foi preso nesta quinta-feira (26) em uma ação coordenada pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais (Caocrim), do Ministério Público de Minas Gerais.
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O crime ocorreu em agosto de 2016 em Contagem, na Grande BH.
A prisão aconteceu após a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que, atendendo o pedido do Ministério Público, determinou a expedição de mandado de prisão com validade de 20 anos. O julgamento do caso ocorreu em setembro de 2022, no Fórum de Contagem. Além do advogado, Alisson Caldeira foi condenado a 23 anos de cadeia. Um terceiro envolvido foi absolvido.
Antes da sentença, Arthur aguardava em liberdade o julgamento de segunda instância. O pedido para cumprimento imediato da pena havia sido pedido pelo MPMG na semana passada.
O caso
Lilian Hermógenes da Silva, tinha 44 quando foi morta no dia 23 de agosto de 2016, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima estava saindo de casa, no bairro Jardim Industrial, quando dois criminosos se aproximaram em uma moto e efetuaram diversos disparos de arma de fogo. A mulher morreu no local.
O assassinato aconteceu no cruzamento da Avenida General David Sarnoff com a Rua Joaquim Laran, no Bairro Jardim Industrial, em Contagem. Segundo as investigações, o homem não aceitava o fim do relacionamento e estava interessado em receber a pensão em caso de morte da ex-companheira.
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Na época, para simular um assalto, os bandidos levaram a bolsa da servidora. O caso teve grande repercussão, pois a vítima havia conseguido medidas protetivas contra o ex-marido, com quem tinha dois filhos, de 12 e 9 anos. Lilian era também servidora de Defesa de Direito das Mulheres no MPMG. Artur, então, planejou o crime, que foi consumado com ajuda de outro homem, que atirou em Lílian no momento em que ela saía de casa para o trabalho.
Depois da morte, foi criado o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, celebrado em 23 de agosto, para homenagear a servidora.