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Mulher é presa suspeita de falsificar atestados médicos em Montes Claros (MG)

Com a ajuda de outros dois suspeitos, investigada vendia documentos falsos por até R$ 140; polícia apreendeu atestados, carimbos e dinheiro em espécie na casa da acusada

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nesta terça-feira (13), em flagrante, uma mulher de 24 anos suspeita de integrar uma associação criminosa que emitia atestados médicos falsificados. Os agentes a encontraram enquanto cumpriam um mandado de busca e apreensão na casa dela em Montes Claros, no Norte de Minas.

Conforme as investigações da PC, o serviço de emissão dos documentos era amplamente divulgado nas redes sociais e em cartazes fixados em lugares movimentados da cidade, como pontos de ônibus e em locais próximos a postos de saúde.

As investigações apontam que a jovem vendia os atestados falsos para funcionários de empresas públicas e privadas de Montes Claros. As negociações aconteciam por meio de um aplicativo de mensagem, onde os envolvidos combinavam valores e os detalhes do atestado, como a quantidade de dias de afastamento. Após o acordo, os pagamentos eram realizados por meio de pix ou dinheiro.

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Durante as operações de buscas no imóvel da suspeita, foram encontradas mais de R$ 5 mil em espécie; carimbos em nome de médicas com número do Conselho Regional de Medicina (CRM); vias em branco de papel timbrado de um posto de saúde municipal aptas para preenchimento; cópia de um exame de gravidez, possivelmente falsificado, e telefones celulares.

Segundo o delegado Cezar Salgueiro, um atestado falsificado custava entre R$ 60 e R$ 140. “Os valores pagos variavam conforme a quantidade de dias. Mais dias, mais caro. Os adquirentes justificavam os dias não trabalhados com o documento falso. Apuramos também, uma grande demanda na contratação destes atestados”, afirmou.

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Além da jovem, outras duas pessoas são suspeitas de participar do esquema. A PC afirma que a suspeita confessou estar envolvida no crime. “O trio se uniu para cometer os crimes em troca de vantagem financeira. Eles teriam iniciado a fraude no início do ano de 2024", explicou o delegado.

Os suspeitos podem ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, adulteração de documento público/particular e falsidade ideológica, na medida de suas responsabilidades.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.
Osmar Macedo é repórter da Itatiaia – Montes Claros. Jornalista formado pela UFMG e graduado em História pela Unimontes. Entre as coberturas que participou, destaca a tragédia na Creche Gente Inocente em Janaúba e a Canonização de Irmã Dulce, direto de Roma e do Vaticano.
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