Uma fisioterapeuta foi brutalmente espancada, arrastada e teve as roupas arrancadas em uma rua de Bom Sucesso, na região Oeste de Minas. O fato aconteceu na semana passada, mas a autenticidade das imagens só foi confirmada à Itatiaia hoje. Conforme o delegado que investiga o caso, um inquérito será aberto para apurar as responsabilidades. “Todas as mães que aparecem no vídeo estão sendo identificadas e serão chamadas para depor”.
Ainda de acordo com o delegado, o grupo se revoltou após uma criança ser atingida por uma pedra na Escola Municipal Antônio Mourão Guimarães, no bairro Palmeiras. A criança foi levada para o hospital onde precisou levar pontos na testa.
A vítima do espancamento, de 36 anos, e a mãe dela, de 62, são suspeitas de terem atirado pedras na instituição porque estariam incomodadas com o barulho das crianças na hora do recreio quando havia 63 delas no pátio. As mulheres são vizinhas da escola.
Conforme boletim de ocorrência, uma criança de cinco anos ficou ferida com estilhaços de um dos pedregulhos. Por causa disso, na parte da tarde, um grupo de mães se organizou e foi à clínica onde a fisioterapeuta trabalha. Lá, aguardaram ela sair e promoveram a sessão de espancamento. As cenas chocantes foram gravadas e os vídeos circulam pela internet. As agressões só pararam quando a Polícia chegou.
Briga se arrasta há 8 meses
Segundo o delegado, o impasse entre as vizinhas e diretores, alunos e professores da escola já se arrasta há 8 meses, tanto que cinco inquéritos já foram abertos para investigar o caso.
As duas mulheres, suspeitas de atirarem as pedras, tinham inclusive uma medida restritiva que impedia que elas se aproximassem de qualquer pessoa da escola. Agora, com a possível quebra da medida, elas podem inclusive ser presas.
“Acredito que o Ministério Público tomando conhecimento desse fato e com a quebra dessa medida restritiva, possivelmente serão expedidos um mandado de prisão preventiva contra as duas autoras”, disse o delegado.
As mulheres (vítima e sua mãe) poderão responder por lesão corporal e perturbação do sossego.
