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‘Lei do silêncio’ imposta por quadrilha armada aterrorizava moradores em Contagem

Grupo criminoso é investigado por 12 homicídios, entre os anos de 2017 e 2021. Cinco suspeitos foram presos

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu 5 pessoas acusadas de fazerem parte de uma organização criminosa em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que aterrorizava e ameaçava moradores com ‘lei do silêncio’. As prisões aconteceram durante operação da polícia que cumpriu, além das prisões, 24 mandados de busca e apreensão, nessa segunda-feira (9). Outros sete suspeitos já estão presos.

Denominada “Nêmesis”, a operação teve como alvo uma organização criminosa investigada por envolvimento em 12 homicídios, ocorridos entre os anos de 2017 e 2021. As investigações apontaram também, segundo a PC, que além de grande poder armado, o grupo criminoso impunha a vontade invadindo casas e ameaçando os moradores com a lei do silêncio - “temor imposto aos moradores para que não repassassem informações à polícia, garantindo, assim, a impunidade dos criminosos.”

Os levantamentos indicaram, ainda, a participação do grupo com o tráfico de drogas, furtos, roubos, receptação, corrupção de menores, posse e porte ilegal de armas de fogo e, principalmente, homicídios. A maioria das vítimas foi morta durante envolvimento de venda de entorpecentes.

“Conseguimos uma prova robusta que caracterizou de maneira bem clara a existência de uma organização criminosa na região. E solicitamos a prisão temporária dos indivíduos que foram identificados”, informa o titular da unidade, delegado Anderson Resende.

Durante o cumprimento dos mandados, os policias recolheram telefones celulares e encontraram uma plantação de maconha. Dos 12 investigados, cinco foram presos na operação e sete já estão no sistema prisional em decorrência de investigações anteriores.

“Uma boa parte da investigação desses homicídios já foi concluída, com indiciamento e réus presos, inclusive”, explicou o delegado.

Os cinco suspeitos presos foram encaminhados ao sistema prisional.

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022
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