Autoridades do governo federal e de Minas Gerais, empresas e entidades, além de cooperativas de reciclagem de papel e de plástico, participaram, no último dia 14 de março, de evento visando mostrar a importância das políticas públicas de estímulo ao setor.
A visita iniciou-se na Resiban - Resinas Bandeirante, indústria de reciclagem de plásticos do Grupo CRB. Fundada em 2021, a Resiban é a terceira maior fabricante de resinas PCR de PEBD do Brasil. Com um processo complexo e com rigoroso padrão de qualidade, atende hoje grandes empresas de embalagem.
Na Resiban, o Bioeconomia e Economia Circular (MDIC) conheceu o processo e as possibilidades que a tecnologia aplicada permite à matéria prima reciclada. O que era resíduo, agora pode ser matéria prima para embalagens de alta complexidade.
Na sequência, seguiram a visita para a aparista CRB- Comércio de Resíduos Bandeirante, empresa do Grupo CRB fundada em 1973, responsável pela gestão de resíduos em empresas, compra de materiais de catadores, cooperativas e ferros velhos.
A CRB é uma das mais tradicionais empresas de reciclagem do Brasil. Responsável por realizar a comercialização e gestão de resíduos de mais de 70.000 toneladas por ano. Resolvendo o problema da geração de resíduos de empresas, e fomentando a economia junto às cooperativas e catadores e pequenos empresários da reciclagem.
Na visita, o MDIC analisou as demandas do setor, que cobrou o decreto de logística reversa, prometido pelo governo federal em seu início de mandato. O objetivo do decreto é tornar obrigatório o uso de conteúdo reciclado em embalagens plásticas e de papel/papelão, assim como cobrar das empresas a logística reversa de uma de suas embalagens.
Muito de acordo com o termo ERP - responsabilidade estendida do produtor. O setor carece de linhas de crédito incentivadas e de tratamento tributário diferenciado. Hoje existem no Brasil mais de 1milhão de catadores. As associações do papel e plástico afirmam que a taxa de reciclagem de papeis e plásticos esteve em declínio nos últimos anos. A taxa de reciclagem dos materiais plásticos é de 20%, enquanto papel/papelão é de 60%. Com o decreto, estima-se que alcance os 30% no plástico e 70% no papel/papelão.