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Entrevista: Raphael Lafetá, novo presidente do Sinduscon-MG

Para presidente, a alavancar o setor da construção civil significa melhorar a produtividade e o ambiente de negócio

Aos 56 anos, Raphael Lafetá, diretor-executivo de relações institucionais e sustentabilidade do Grupo MRV&CO, foi eleito para a presidência do Sinduscon-MG - Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais para o triênio 2024/2027. Com vasta experiência no setor, Lafetá diz que alavancar o setor da construção civil significa melhorar a produtividade, o ambiente de negócio, ter leis e normas modernas, menos burocráticas e mais objetivas. Nesta entrevista ao CIDADE CONECTA, Raphael aborda questões sobre sustentabilidade e melhorias para as empresas associadas à entidade.

O senhor foi eleito, recentemente, para a presidência do Sinduscon-MG, que é uma das mais importantes entidades em Minas Gerais. Como será sua gestão à frente do sindicato?

A gestão vai ser compartilhada, como sempre tem que ser. Um sindicato que tem várias associadas, então nós vamos fazer uma gestão bem compartilhada, bem participativa, de tal modo que a gente priorize sempre esses cinco pontos estratégicos: o diálogo, a representatividade do setor, melhorando o ambiente de negócio, sempre pensando com sustentabilidade, inovação e tendo como pano de fundo desenvolvimento social. Eu acho que com esses cinco pilares a gente consegue fazer um belo trabalho, não só para as associadas, mas também para a sociedade, que eu acredito ser um grande objetivo das empresas associadas de trabalhar com o mercado da construção civil.

Qual ou quais as maiores reivindicações do setor?

As maiores reivindicações do setor ainda passam por regulamentações, passam por velocidade de resposta dos órgãos responsáveis em aprovar os projetos, passam por celeridade nos processos da interface com prefeituras, com o Estado, passam por questões de capacitação de mão de obra. Quer dizer, os problemas ainda persistem e tem agora também outros problemas, que é a reforma tributária que estamos trabalhando também de forma bem efetiva e bem atento, para que isso não cause nenhum transtorno para o nosso negócio, onerando demais o nosso consumidor e toda a cadeia produtiva. Então, as reivindicações, elas meio que continuam, não foram resolvidas ainda.

Como o senhor pretende alavancar ainda mais o setor, que é responsável por 5,8% do PIB brasileiro?

Alavancar o nosso setor significa melhorar a produtividade, melhorar o ambiente de negócio, ter leis e nomas modernas, menos burocráticas e mais objetivas. Alavancar o nosso setor vai trazer um crescimento gigante para o país. Nós somos um setor que movimenta uma cadeia produtiva gigante e que a gente consegue, à medida em que construímos na cidade, trazermos pessoas para morar de forma digna e, com isso, melhora a questão de saúde, de segurança, educação. Estamos falando em alavancar um setor que é estratégico, é um setor importantíssimo e básico para o desenvolvimento social. E melhorando a construção civil, o ambiente e o negócio da construção civil, com certeza, o PIB aumenta porque atrai investimentos de outros setores, outras indústrias, comércio, serviço. Ou seja, eu sempre falo que a indústria da construção é a indústria das indústrias.

Como aliar o desenvolvimento com a sustentabilidade na construção civil?

Esse é um tema muito legal, é muito importante para nós e eu acho que as nossas associadas vão começar a incrementar mais, desenvolver com sustentabilidade, desenvolver com objetivos sustentáveis. Irão desenvolver respeitando sempre o meu ambiente, as regras do mercado, com compliance bom e tendo uma visão de responsabilidade. Respeitar toda a cadeia produtiva, respeitando o consumidor, a vizinhança, ou seja, trazer essas noções de sustentabilidade só vão valorizar ainda mais nosso segmento e trazer uma maior reputação e, com isso, fazer negócios melhores. A sustentabilidade veio para ficar, veio para elevar a responsabilidade coletiva e social no segmento da construção civil.

O senhor tem vasta experiência à frente de uma das maiores construtoras do Brasil, a MRV, como o seu know how no setor poderá contribuir em sua gestão no Sinduscon?

A empresa que eu represento e trabalho, a MRV, realmente investiu muito em tecnologia, em gestão, ESG, sustentabilidade e isso está comigo e, com certeza, vou levar para o setor. Além disso, tem a minha experiência de anos no segmento, na empresa que já tive, além de outras experiências de vida, já fui funcionário da Caixa Econômica Federal. Tenho vasta experiência que vou compartilhar com nossos associados, com o objetivo de elevar o patamar de qualidade, de eficiência e de importância do segmento da construção civil no ambiente do Sinduscon-MG.

Em sua opinião, o Brasil poderá crescer economicamente em 2025? Os empresários estão otimistas?

A minha opinião é sempre otimista. Porque com o pensamento positivo a gente consegue abrir a mente, sonhar mais e realizar nossos planos. Eu acho que o Brasil é um país que tem tudo para crescer e acredito que vá crescer em 2025. Eu torço para que cresça muito, porque temos tudo para sermos um país de pessoas felizes, que amam esse país e que irão trabalhar para ter um país melhor para se viver. Desta forma, vamos fazer um belo país e vamos fazer uma gestão bacana à frente do Sinduscon MG.

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