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PGR denuncia desembargador por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa com policial mineiro

Denúncia aponta que Ivo de Almeida usou a condição de desembargador e dos acessos a bancos de dados restritos para favorecer ex-policial civil de Minas Gerais

Desembargador teria até dado ‘dicas’ para defesa jurídica do policial

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e associação criminosa.

Além de Ivo Almeida, seu filho, Ivo de Almeida Júnior, e outras três pessoas, também foram acusadas formalmente por envolvimento em esquema ilegal de compra e venda de decisões judiciais desvendado em 2024 pela Operação Churrascada, da Polícia Federal.

A PGR aponta que Ivo se valeu da condição de desembargador e dos acessos a bancos de dados restritos e a outros juízes para favorecer o ex-policial civil Marcos André de Almeida na Polícia Civil de Minas Gerais.

A PF obteve mensagens que mostram que o ex-policial procurou Ivo de Almeida para obter informações sobre as pessoas que o acusavam de corrupção. A PGR diz que o desembargador chegou até a sugerir estratégias de defesa para o ex-policial.

O que diz a defesa do desembargador?

“A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal é um rematado absurdo. Restou sobejamente provado que nunca houve venda de sentença ou qualquer tipo de favorecimento por decisão judicial proferida pelo Desembargador Ivo de Almeida. Inclusive, temos como prova cabal da inexistência de tais condutas o próprio rol de testemunhas que o MPF indicou: ninguém relacionado aos fatos imputados, apenas policiais federais que conduziram uma investigação absolutamente tendenciosa e que nunca presenciaram - até porque nunca existiram - tais fatos”, afirmou advogado Átila Machado em nota.

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Yuri Cavalieri é jornalista e tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band. Agora é correspondente da Itatiaia em São Paulo.