O Superior Tribunal Militar condenou quatro militares e cinco civis pelo furto e comercialização de 22 armas do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri, região metropolitana da capital paulista, em 2023.
Dois ex-cabos do Exército, que atuavam como motorista do diretor do AGSP e auxiliar da Seção de Transporte, foram sentenciados a 17 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, pelo crime de peculato-furto.
O então chefe da Seção de Inteligência, um tenente, recebeu pena de 9 meses de detenção, 3 meses por inobservância de regulamento militar e 6 meses por peculato culposo, ao emitir ordem para que veículos não fossem revistados na entrada e saída do quartel, o que facilitou o furto.
O tenente-coronel que dirigia o AGSP foi punido com seis meses de suspensão do exercício do posto por negligência. Ele descumpriu normas do Exército ao não exercer comando efetivo sobre a unidade.
Quatro civis também foram condenados por participação no esquema de comercialização das armas com facções criminosas. Um deles recebeu pena de 14 anos e 4 meses de prisão; os outros quatro, 18 anos de reclusão, todos em regime fechado. Eles foram enquadrados no crime de comércio ilegal de arma de fogo.
As armas furtadas são 13 metralhadoras .50 M2 HB Browning; 8 metralhadoras 7,62 M971 MAG; e fuzil 7,62 M964. O Exército diz que o fuzil é considerado um simulacro, porque estava sem mecanismo de disparo.
Das 22 armas desviadas, duas metralhadoras (calibre .50 HB Browning) ainda não foram encontradas. Outras 20 armas foram recuperadas em ações das polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro.