Saiba quais são as senhas mais utilizadas no Brasil e os riscos cibernéticos

Senhas simples são as mais comuns no Brasil e sugerem que muitos brasileiros buscam código fáceis de memorizar

Senhas simples são as mais comuns no Brasil; combinações sugerem que muitos brasileiros buscam código fáceis de memorizar

A NordPass e a NordStellar lançaram, em conjunto, a sétima edição da pesquisa anual “As 200 Senhas Mais Comuns”. Além de identificar as combinações mais usadas em todo o mundo, incluindo no Brasil, o levantamento buscou entender como as senhas usadas por diferentes gerações variam.

No Brasil, o estudo revelou que “admin” é a senha mais usada. Sequências numéricas simples, como “12345” e “1234567890”, ao lado de senhas fracas como “qwerty123”, dominam os vinte primeiros lugares em diversos países, inclusive o Brasil.

Com base nas combinações mais comuns, o estudo concluiu que os brasileiros se inspiram no dia a dia e em palavras comuns para criar senhas simples e fáceis de memorizar.

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Entre as senhas mais usadas, estão combinações como “mudar123,” “escola1234” e “gvt12345”. A pesquisa revelou ainda que a qualidade das senhas é igualmente ruim em todos os grupos geracionais. Em todas as faixas etárias, “12345” e “123456” são as senhas mais usadas.

As gerações mais antigas são mais propensas a usar nomes nas senhas. As gerações Z e Y quase não usam nomes nas senhas e gostam de usar combinações como “1234567890” e “skibidi”.

Apesar disso, os números estão no topo das listas, tanto da mundial, quanto das gerações.

Veja as senhas mais comuns no Brasil

  1. admin
  2. 123456
  3. 12345678
  4. 102030
  5. 123456789
  6. 12345
  7. 12345678910
  8. 123mudar
  9. 10203040
  10. gvt12345
  11. password
  12. 22446688
  13. 142536
  14. mudar123
  15. 1234567
  16. escola1234
  17. 111111
  18. 1234567890
  19. 123123
  20. 1q2w3e4r

Variação entre gerações

A pesquisa revelou que os jovens de 18 anos têm hábitos semelhantes a pessoas de 80 ao usar combinações numéricas simples em senhas, como “12345” e “123456. O estudo detalhou que as pessoas da geração Z e Y dificilmente usam nomes nas senhas e preferem combinações como “1234567890” e “skibidi”.

O uso de nomes nas combinações é prevalente com a geração X, e tem um pico entre os Baby Boomers. Já entre as pessoas da geração X, o nome mais popular usado como senha é “Veronica”. Para Baby Boomers, é “Maria” e para a geração silenciosa, é “Susana”.

Dicas de segurança para senhas

Algumas regras básicas podem melhorar os hábitos digitais das pessoas, além de ajudar a evitar que elas se tornem vítimas de ataques cibernéticos devido a uma gestão irresponsável das senhas, conforme a Arbaciauskas.

Veja dicas:

  • Crie senhas ou frases aleatórias fortes. As senhas devem ter pelo menos 20 caracteres e serem uma combinação aleatória de números, letras e caracteres especiais.
  • Nunca reutilize senhas. A regra geral é que cada conta deve ter uma senha exclusiva porque, caso uma seja invadida, os hackers podem usar as mesmas credenciais em outras contas.
  • Revise suas senhas. Verifique regularmente o estado das suas senhas. Identifique quais são fracas, antigas ou reutilizadas e troque para senhas novas e complexas, para aumentar sua segurança online.
  • Use um gerenciador de senhas. Ele pode ajudar a gerar, armazenar, revisar e gerenciar com segurança todas as suas senhas, para que elas fiquem bem protegidas, sejam difíceis de quebrar e estejam disponíveis quando você precisar.
  • Ative a autenticação multifator (MFA). Ela acrescenta uma camada de segurança. A MFA ajuda a impedir o acesso dos hackers mesmo que a senha seja violada.

Metodologia da pesquisa

O levantamento é o resultado do trabalho em conjunto da NordPass e da NordStellar com pesquisadores independentes especializados na pesquisa de incidentes de cibersegurança.

Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, as senhas expostas em violações de dados públicos recentes e repositórios da dark web foram analisadas, a partir da extração estatística dos dados agregados. De acordo com a NordPass, nenhum dado pessoal foi adquirido ou comprado para a realização desta pesquisa.

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas

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