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Mulher de policial da Core morto a tiros no Rio durante latrocínio fala pela 1ª vez; confira

Policial fazia parte da tropa de elite da corporação da Core; ele era casado com juíza do Rio de Janeiro que pediu justiça

A mulher do policial João Pedro Marquini, de 38 anos, que morreu após ser vítima de um assalto na Estrada de Guaratiba, na altura do Túnel da Grota Funda, falou pela primeira vez sobre o assunto, nesse domingo (6).

Ele foi morto após ser abordado por criminosos, já sua esposa, a juíza Tula Corrêa de Mello, que estava em outro carro, conseguiu escapar. “Ele não reagiu, ele agiu para me salvar. Ele deu a vida para me salvar”, contou ela em entrevista ao Fantástico.

Momentos antes João teria ligado para um amigo, que é policial militar, e deixou a ligação no viva voz quando foi abordado. A principal suspeita da polícia é que a vítima tenha feito isso para o amigo ouvir o que estava acontecendo ao seu redor. João levou cinco tiros de fuzil e morreu na hora.

“É uma sensação de impotência, né? Eu posso afirmar com certeza que se não fosse a ação do João saindo do carro para desviar o foco dos criminosos, eles conseguiriam fazer com que os disparos de fuzil ultrapassagem a blindagem do meu carro”, contou a juíza.

Ainda segundo ela, os treinamentos de defesa para fugir dos bandidos foram práticas ensinadas pelo Tribunal de Justiça. “Ele me treinou para que eu pudesse usar na prática estes mecanismos de defesa”, completou ela.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídio da Capital (DHC) e conta com o apoio da Core. Um suposto carro utilizado pelos criminosos foi recuperado pela polícia na comunidade Cesar Maia, na Zona Oeste, e periciado. Os bandidos são do Comando Vermelho e tinham acabado de atacar uma comunidade controlada pela milícia, em Campo Grande, também na zona Oeste do Rio. Até agora ninguém foi preso.

“Eu não vou sentar como vítima. Eu vou agir, eu vou fazer o que for necessário para que seja dada punição e para que a gente consiga de fato uma cidade onde nós possamos circular livremente como mulheres, homens, crianças e família”, finalizou ela.

Em nota, a Core afirmou que o policial era “respeitado e admirado por seus irmãos”, além de ser uma referência para os outros agentes. “Por inúmeras vezes, colocou sua própria vida em risco para proteger a sociedade, sempre com bravura e altruísmo”, diz o texto. “Tantos eventos heroicos permitiram que ele fosse promovido rapidamente ao posto mais alto de sua carreira: comissário de polícia”, completou.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
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