O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá um comando isento nas eleições de 2026 e disse ter esperança que lideranças da direita, como ele mesmo e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, devem ser liberados para disputar as próximas eleições.
“Ano que vem o TSE terá um perfil isento. E poderemos confiar no TSE no ano que vem. O atual sistema busca tirar da eleição do ano que vem as lideranças da direita. O Caiado está aqui inelegível. Eu estou inelegível porque me reuni com embaixadores. Mas eu não me reuni com embaixadores, como Lula fez”, afirmou Bolsonaro, em discurso na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, na tarde deste domingo (6).
Em 2026, o TSE será presidido pelo ministro Kassio Nunes Marques, que foi indicado para o Supremo pelo ex-presidente Bolsonaro. Kassio deve assumir o comando da corte eleitoral em agosto do ano que vem.
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O TSE é formado por sete juízes: três integrantes do STF, dois membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois juristas da classe dos advogados.
Em seu discurso na Avenida Paulista, Bolsonaro afirmou que foi prejudicado pelo TSE e pelo STF durante as eleições de 2022.
“Me acusam de golpe de Estado, segundo a PF do Alexandre de Moraes, eu comecei a dar um golpe em uma live. Mas, vamos falar em quem deu o golpe, em outubro de 2022. Quem tirou o Lula da cadeia? Um CEP errado. Condenado por corrupção, foi tirado da cadeia. Quem tirou o Lula da cadeia foram eles mesmos. Eu não pude mostrar durante a campanha eleitoral de 2022 o Lula falando que era legal roubar celular para tomar uma cervejinha. Eu não pude mostrar a imagem do Lula defendendo o aborto. Não pude mostrá-lo ao lado de ditadores”, afirmou Bolsonaro.
“Eles derrubaram páginas, criaram resoluções fora do tempo legal para perseguir a direita. Fizeram campanha para menores tirarem título de eleitores, faixa etária em que 75% votam na esquerda”, reclamou o ex-presidente.