Os servidores da Prefeitura de São Paulo realizam uma paralisação nesta quarta-feira (2). O objetivo do ato é o reajuste salarial e mudanças no regime previdenciário da cidade. A mobilização foi aprovada em assembleia da Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo). Os servidores ainda marcaram um ato em frente à Prefeitura, no centro da cidade, às 10h.
Na última segunda-feira (31), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que essa paralisação tem motivação política. Nunes ameaçou punir os professores que aderirem ao ato e disse que vai descontar dos salários os dias de paralisação.
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As declarações do prefeito paulista fizeram com que parlamentares do PSOL realizassem uma representação no Ministério Público do Trabalho e no Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação). Eles pedem que seja aberto um processo administrativo para investigar se houve tentativa de assédio moral contra os servidores, e pedem ainda que seja garantido aos professores e demais servidores exercer o direito de greve.
Nesta quarta (2), os professores e funcionários das 95 escolas da Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Santo Amaro, na zona sul da capital, devem parar as atividades. Na sexta (4), param as 113 escolas da DRE Itaquera, na zona leste da capital paulista.
Reivindicações
Os servidores ligados à Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo) reivindicam 12,9% de reajuste linear, a elevação do piso de todos os profissionais da educação (não apenas dos professores), com a incorporação dos valores à carreira, e o fim da contribuição previdenciária de 14%, que a categoria chama de confisco.
Outros três sindicatos também reivindicam o fim do confisco da aposentadoria, aumento real de 44% para servidores ativos e aposentados com incorporação dos abonos complementares.