O Itamaraty confirmou, nesta terça-feira (25), a morte do palestino-brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos. O adolescente estava detido na prisão de Megido, em Israel, desde setembro do ano passado e não teve as causas da morte esclarecidas.
De acordo com a Federação Árabe Palestina no Brasil (Fepal), o jovem foi vivia na Cisjordânia, território palestino, e foi sequestrado pelos israelenses no dia 30 de setembro. A Fepal afirma que a prisão para onde o jovem foi levado é conhecida por praticar métodos de tortura, como choques, espancamentos e privação de comida.
Em nota, o governo brasileiro afirmou que recebeu a notícia da morte de Ahmad com “profunda consternação” e diz que Israel deve investigar o caso de maneira “célere” e “independente”. Ainda de acordo com o Itamaraty, a data exata da morte e as causas não são conhecidas.
A pasta confirmou que Ahmad foi levado da Palestina para a prisão por forças israelenses. Assim como o adolescente, o governo contabiliza 11 brasileiros presos em Israel, sendo a maioria sem ter sido formalmente acusado ou julgado, “em clara violação ao Direito Internacional Humanitário”.
O Itamaraty ainda expressou condolências aos entes queridos do jovem e disse que vai continuar exigindo uma resposta do governo israelense.
“O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, no Estado da Palestina, está em contato com a família de Walid Khalid Abdalla Ahmad e está prestando a assistência consular cabível. O governo brasileiro solidariza-se com os familiares e amigos do nacional e transmite sinceras condolências, ao tempo em que continuará a exigir do governo de Israel as explicações necessárias acerca da morte do menor”, afirmou a pasta.
Confira a nota completa do Itamaraty:
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, da morte do cidadão brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, na prisão israelense de Megido. O adolescente, residente da Cisjordânia, no Estado da Palestina, fora detido em 30 de setembro de 2024 na Palestina ocupada, e levado por forças israelenses à prisão de Megido, em território israelense.
As circunstâncias e a data exata do óbito ainda não foram esclarecidas.
Em linha com suas obrigações internacionais, o governo israelense deve conduzir investigação célere e independente acerca das causas do falecimento, bem como dar publicidade às suas conclusões.
Onze brasileiros residentes no Estado da Palestina seguem presos em Israel, a maioria dos quais sem terem sido formalmente acusados ou julgados, em clara violação ao Direito Internacional Humanitário.
O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, no Estado da Palestina, está em contato com a família de Walid Khalid Abdalla Ahmad e está prestando a assistência consular cabível.
O governo brasileiro solidariza-se com os familiares e amigos do nacional e transmite sinceras condolências, ao tempo em que continuará a exigir do governo de Israel as explicações necessárias acerca da morte do menor”.