A maioria dos brasileiros realizou ao menos uma transação via PIX em 2024. É o que revela uma pesquisa da inédita do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (Cemif) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo o levantamento, no ano passado, o Pix superou o dinheiro e se tornou o método de pagamento mais usado pelos brasileiros (76,4%). A conquista foi alcançada apenas quatro anos depois do lançamento do PIX.
“Esse modelo pode inspirar outros países que buscam regulação e eficiência no ecossistema de pagamentos”, diz Lauro Gonzalez, coordenador do Cemif e um dos autores da pesquisa.
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O sucesso do Pix se confirma na quantidade de brasileiros que usaram o método de pagamento em 2024. Mais de 60% da população fez pelo menos uma transação por mês via Pix. A maioria deles se concentra no estado do Distrito Federal, onde 77% da população usou o PIX em todos os meses do ano, e a minoria está no Piauí, onde 54,7% aderiram ao método de pagamento.
O estudo, intitulado de “Geografia do Pix”, cruzou dados abertos do Banco Central do Brasil com informações do Censo Demográfico de 2022, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, o brasileiro transferiu, em média, R$ 191 a cada Pix no ano passado. Mato Grosso foi o estado com o maior valor médio de transferências: R$ 272,44. Já o menor foi o Amazonas, com R$ 119.
Apesar de transferirem uma quantia menor por Pix, os amazonenses são os que mais usam o método de pagamento. A população fez uma média de 48 transações por mês. O estado que menos usou o Pix em 2024 foi Santa Catarina, com uma média de 25 por mês.
Em Minas Gerais, 61% da população fez pelo menos um Pix por mês no ano passado. Cada mineiro fez uma média de 29 transações por mês, no valor médio de R$ 217.