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Médico envolvido em escândalo dos órgãos contaminados com HIV voltará a trabalhar

Walter Vieira foi responsável por assinar os laudos falsos do laboratório, localizado em Nova Iguaçu e que foi interditado após o caso

Walter Vieira voltará a trabalhar

O médico Walter Vieira, um dos sócios do Laboratório PCS Saleme, envolvido no escândalo que resultou na contaminação por HIV em pacientes transplantados, vai voltar a trabalhar. Segundo a decisão publicada no Diário Oficial do município desta segunda-feira (6), Walter Vieira vai retornar ao cargo de médico ginecologista e obstetra que ocupava na Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Por ser concursado, ele pode solicitar seu retorno, já que ainda não houve julgamento, nem condenação do caso.

Walter Vieira foi responsável por assinar os laudos falsos do laboratório, localizado em Nova Iguaçu e que foi interditado após o caso. Ele chegou a ser preso em dezembro do ano passado, mas atualmente responde em liberdade.

Outro sócio do laboratório, Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, também responde em liberdade. Eles cumprem apenas medidas cautelares e estão proibidos de trabalhar no ramo de laboratório de análises clínicas até o fim da ação penal.

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Relembre o caso

O caso se tornou público no dia 11 de outubro de 2024. Segundo a Secretaria de Saúde do Rio (SES-RJ), a contaminação foi descoberta após um paciente transplantado dar entrada num hospital com sintomas neurológicos e, após testes, apresentar resultado positivo para o HIV. Após o escândalo, inédito no Brasil, amostras dos órgãos doados pela mesma pessoa foram analisadas e outros dois casos foram confirmados. Outro receptor de órgão teve o exame de HIV positivo, após o transplante, confirmando seis casos no total. Na época, a polícia afirmou que houve uma falha operacional no controle de qualidade nos testes do laboratório, com o objetivo de diminuir os custos.

“A análise das amostras deixou de ser realizada diariamente para se tornar semanal.”

Ao todo cinco pessoas foram presas por envolvimento no escândalo. Todas respondem em liberdade.


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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.