Jorge Luiz Sampaio Santos renunciou ao cargo de presidente da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras, e deve se entregar à Polícia Civil na quinta-feira (12). A informação foi confirmada à Itatiaia pelo advogado Jacob Alcaraz, nesta segunda (9).
Jorge Luiz tem um mandado de prisão temporária decretado pela Justiça sob a acusação de participar de uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro, em 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, na Grande São Paulo, que terminou com 1 morto e 17 feridos.A defesa de Jorge Luiz Sampaio Santos afirmou que ele acredita “no Poder Judiciário e em sua capacidade de garantir sua integridade física, segurança e direitos fundamentais” e diz que “as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade”.
Uma operação, realizada na semana passada pela Polícia Civil, prendeu 10 palmeirenses envolvidos no caso. Outros três, incluindo Jorge, continuam sendo procurados. Dois palmeirenses já estavam detidos e mais cinco, que não foram alvo daquela operação, também estão foragidos. No total, são 12 presos e 8 foragidos.
Segundo as investigações, a Mancha queria se vingar da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, por uma briga que perdeu em 2022 em Minas Gerais. O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) analisou vídeos da emboscada, gravados pelos próprios palmeirenses que foram postados nas redes sociais, e identificou ao menos 18 membros da Mancha Alviverde pelo ataque.
Nota da renúncia
São Paulo, 08 de dezembro de 2024.
À Mancha Alviverde,
Nos últimos três anos, orgulhosamente ocupei o cargo de presidente do Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde, uma organização histórica com mais de 90 mil sócios que realiza inúmeros projetos sociais e se dedica incansavelmente a promover a união no futebol. Devido aos acontecimentos recentes, contudo, não posso mais continuar. Comunico a todos que renuncio à presidência dessa valorosa torcida, cujos interesses estão acima de qualquer ato isolado. Meu afastamento é necessário não apenas para preservar minha família, mas também para que eu possa me dedicar exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência.