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Pai de menina de 12 anos morta baleada no Rio de Janeiro desabafa: ‘Eu lembro que ela só gemia’

A menina de 12 anos morta no Rio de Janeiro será sepultada neste sábado

Será sepultado neste sábado (7), no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio de Janeiro, o corpo de Kamila Vitória, de 12 anos. A menina brincava de bola com outras crianças quando foi atingida por um tiro na perna.

Logo após ser baleada, Kamila chegou a pedir ajuda ao pai.

“Pai, pai, aí eu falei: ‘não, minha filha, fica aí abaixada’. Aí ela sentou na quadra e depois ela se deitou. Aí ela ‘pai, pai’ e eu ‘vem não, fica aí’. Mas não deu para ir até ela porque estava correndo muito tiro. Depois que acabou o tiro, eu fui lá com os vizinhos, socorremos ela, colocamos dentro do carro e levamos para o hospital. Eu lembro que ela só gemia”, disse Sandro Alves, pai da criança.

Kamila chegou a ser levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte, mas não resistiu, já que a bala pegou na veia femoral da criança. Um homem com passagem pela polícia também foi baleado de raspão, levado a mesma unidade hospitalar e liberado.

Segundo testemunhas, Kamila foi morta durante um confronto entre traficantes e milicianos que disputam território na região. Sandro lamentou a morte da filha que tinha acabado de entrar num grupo de vôlei.

“Ela pegou e falou ‘pai, eu quero um presente de natal. Eu quero uma joelheira, para jogar vôlei, para disputar o campeonato’. Mas não deu tempo de eu comprar”.

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O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios que disse que os agentes ouviram parentes e estão em busca de mais informações para identificar a origem do disparo.


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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.
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