Dois meses após suspensão da divulgação do resultado do bloco 4 do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu nesta terça-feira (8) ao Tribunal Regional Federal (TRF) para derrubar a resolução. A decisão do juízo da 14ª Vara Cível do Distrito Federal foi motivada, na época, por uma ação popular que contestou o suposto vazamento das provas do bloco.
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O suposto vazamento teria ocorrido em uma escola de ensino médio no Recife. Conforme o processo, os fiscais de prova do turno da manhã abriram por engano o pacote lacrado com provas do período da tarde.
As provas chegaram a ser distribuídas aos candidatos, que preencheram os campos de identificação e iniciaram a resolução das questões. Em seguida, o erro foi percebido pelos fiscais da banca Cesgranrio, e as provas foram recolhidas.
No recurso, a AGU sustenta que a suspensão prejudica a Administração Pública e os candidatos que prestaram o concurso. Segundo o órgão, o equivoco foi corrigido durante o andamento do certame, e a isonomia entre os candidatos foi mantida.
A AGU também argumentou que a organização das provas gerou grande mobilização do governo federal, exigindo planejamento detalhado e gastos com logística, segurança e a aplicação dos exames em todo o país.
“A repetição da movimentação de toda essa estrutura planejada e já executada, somente se justificaria por fato realmente grave e devidamente comprovado, o que não se verifica no caso”, afirmou o órgão.
*Com informações da Agência Brasil