O Tribunal de Justiça Militar absolveu, em 1ª instância, na última sexta-feira (13), os policiais militares que foram acusados de tortura durante uma abordagem na Zona Sul de São Paulo em junho do ano passado. Os agentes amarraram os pés e as mãos de Robson Rodrigues Francisco, 32 anos, que tinha furtado duas caixas de bombom, avaliadas em R$ 30, de um mercado na Vila Mariana, depois que ele resistiu à prisão.
Na ocasião, imagens da ocorrência foram feitas por testemunhas, mostram os PMs carregando o homem amarrado com uma corda.
Na época, a Polícia Militar afastou os policiais e abriu inquérito para apurar o caso. Ao final da investigação, o Ministério Público pediu que três dos seis policiais que aparecem nas imagens fossem condenados por tortura.
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Robson foi solto após ficar cerca de um mês preso. A defesa dele alegou que o furto dos bombons foi “famélico”, ou seja, aquele cometido diante de uma situação de risco, como fome ou doença.
O juiz militar Ronaldo João Roth entendeu que os cinco soldados e um sargento não agiram com dolo e afirmou que eles cumpriram “diretrizes profissionais”.
A Justiça comum também analisa uma ação de indenização por danos morais movida contra o Estado pela conduta dos PMs. O processo está na fase de alegações finais e não há prazo para sentença.
Em nota a SSP disse que os PMs estão em funções administrativas